segunda-feira, 28 de julho de 2014

A PROCISSÃO.

                    As Festas do Senhor do Cruzeiro e das Necessidades têm  na grandeza e significado dos actos religiosos que a constituem a verdadeira essência da sua razão de ser. A demonstração cabal do sentimento de profunda devoção e veneração da comunidade lanhesense por esta manifestação colectiva de fé e grande religiosidade é, sem dúvida, a realização da imponente procissão, o momento mais alto dos actos solenes destas festividades.

                    Encarada sob o ponto de vista organizacional a procissão é exemplar. Nada é feito de improviso,  todos os pormenores são considerados com muito cuidado e saber, desde a escolha do figurado, dos quadros bíblicos que se quer representar, a ordem que cabe a cada um no corpo da procissão, o trajar dos impecável dos mordomos e mordomas e dos que acompanham ou transportam os andores,  a exigência de manter tanto quanto possível as formações ordenadas, as vestes, os cartazes e os gestos que devem manter de princípio ao fim, o apoio logístico em bebidas frescas a todos os figurantes que necessitem, a postura adequada dos figurantes nas interpretações que cumprem, a postura das pessoas que fecham o cortejo e o respeito que se verifica entre os que, nas bermas do trajecto ou nas varandas das casas engalanadas com as melhores e lindas colchas que possuem, assistem à passagem da procissão.

                 Hoje, a procissão principiou a formar-se a vinte minutos das quinze horas e regressou à Igreja cerca das dezassete horas, depois de ter feito um percurso de aproximadamente dois quilómetros, seguindo pela Rua da Estrada da Igreja, desviando junto ao Agrupamento Escolar pela Avenida 25 de Abril, passando pela Rua Condes de Almada para entrar no Largo Capitão Gaspar de Castro e reiniciar o regresso. É aqui que a cabeça da procissão onde segue a guarda de honra a cavalo da GNR suspende a marcha com vista a encurtar o tamanho da procissão à espera que quem segue no fim deixe livre a via onde decorre o percurso.

               Integrada na procissão seguia a Banda Musical de São Martinho da Gandra e a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca.

               Presidiu à cerimónia o pároco da Freguesia, padre Daniel da Silva Rodrigues, tendo tido a presença e acompanhamento de individualidades da vida política e social, bem como representantes das associações locais e concelhias, designadamente a Câmara Municipal de Viana do Castelo, o Comandante regional da GNR., da Junta de Freguesia de Lanheses, da Casa do Povo de Lanheses, do agrupamento de freguesias de Vila Mou e Torre, director da Obra Social Riba Lima, do União Desportiva de Lanheses, da Associação de Caçadores de Lanheses.

               Tradicionalmente, Juiz Perpétuo das festividades, a casa do Paço de Lanheses dos Condes d'Almada esteve representada por D. Miguel, irmão de D. Lourenço, actual titular da nobre Casa.


               Acompanhei a procissão em quase todo o seu percurso, tendo colhido um número bastante elevado de fotografias que dizem muito mais do que eu possa aqui descrever. Vou publicar algumas e deixarei outras para as referências que farei sobre esta e outras ocorrências que merecem ser divulgadas.







































































(Continua)

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