HAVERÁ FESTA EM HONRA DO SENHOR DO CRUZEIRO E DAS NECESSIDADES.

HAVERÁ FESTA EM HONRA DO SENHOR DO CRUZEIRO E DAS NECESSIDADES.

                        Sem a popular componente pagã, a tradicional romaria em honra do Senhor do Cruzeiro e das Necessidades irá realizar-se em Lanheses (Viana do Castelo) no quarto domingo do mês de julho, uma data fixa, com programa estritamente religioso onde se inclui uma vertente inédita consubstanciada numa digressão que vai levar a todos os lugares da freguesia os andores do Senhor do Cruzeiro e das Necessidades e de Nossa Senhora da Fátima. Estando impossibilitada a realização da grandiosa e imponente procissão pelo percurso mais recente, que passava pelo centro cívico da aldeia, o Largo Capitão Gaspar de Castro, a nova Comissão de Festas em exercício assumiu em boa hora uma antiga tradição em que os andores percorriam em procissão os caminhos de lavoura das veigas da margem do rio Lima, levando este ano os andores numa caravana móvel com passagem pelos lugares e sítios da freguesia.

                Na Igreja paroquial de Santa Eulália decorrerão nos dias e horas estabelecidos, segundo o programa da festa, os atos litúrgicos presenciais, tendo em atenção as restrições legais em vigor aplicáveis à concentração de pessoas dentro e fora dos templos onde decorrerem.

               A celebração da festa em honra do Senhor do Cruzeiro e das Necessidades faz parte do sentimento e espírito religioso católico da comunidade de Lanheses, que nutre fervorosa e especial adoração pelo Senhor das Necessidades, cuja imagem singular se encontra no altar da belíssima e rara capela figurativa religiosa erigida no adro da Igreja, e se vem perpetuando ao longo do tempo nas manifestações públicas, mas, também no sentimento individual dos crentes, especialmente de quem se obriga a ausentar-se em busca de melhorar as condições da vida familiar, e daqueles que assumem voluntariamente a canseirosa e difícil tarefa de levantar a festa em, pelo menos, três anos de trabalho consecutivo.

                 
              

Remígio Costa

PARTICIPAÇÃO CONDICIONADA NA EUCARISTIA DOMINICAL.

             

            No estrito cumprimento das determinações legais, a participação presencial nas cerimónias e atos religiosos que decorrem na paróquia de Santa Eulália de Lanheses, à semelhança do que ocorre de modo geral em todo o país, têm vindo a realizar-se com regularidade temporal mas sujeita a alterações no acesso ao interior da Igreja que é, agora, limitado em número, à obrigatoriedade de observar o distanciamento físico entre si dos presentes, bem como ao uso de máscara sanitária.

            No último domingo, dia 28 de junho, a segunda Eucaristia ou "missa do dia" que se inicia às 11:00 horas (a primeira, "missa da manhã", principia às 08:00h), decorreu com parte dos fiéis fora da assembleia por falta de lugares no interior, graças às favoráveis condições atmosférias. Recentemente, e porque o estado do tempo o permitia, a Eucaristia dominical decorreu no amplo adro entre a Igreja e a Capela do Senhor do Cruzeiro e das Necessidades, o que possibilitou uma maior participação de fiéis e a observância rigorosa das determinações do Serviço Nacional da Saúde (SNS), quanto ao distanciamento social.

           A anormalidade da situação provocada pela trágica pandemia que infeta a humanidade em geral, está a impor-se (implacavelmente) como a nova normalidade da vida dos humanos em sociedade.

foto: doLethes
Remígio Costa

RODODENDRO COM TRÊS BOLAS DE BILHAR

          

          Há já alguns anos que venho a divulgar neste blogue pormenores respeitantes à surpreendente resiliência de um rododendro (rhododendron), existente no jardim particular do Paço dos Almadas (TH), em Lanheses, realçando o facto do centenário arbusto continuar a florir a cada nova primavera que vence, não obstante o visível estado de degradação do que resta da sua decrépita estrutura.  

           Não são, contudo, as lindas flores, que neste momento já não tem, que me levaram de novo a falar do comportamento do singular rododendro, mas o facto de se apresentar agora com três esferas vermelhas como autênticas bolas de bilhar, atravessadas ao meio pelas hastes dos respetivos ramos em que se encontram (!), o que não dei conta tivesse acontecido nos anos anteriores.

           Uma busca a que procedi no wikipédia para tentar obter informação elucidativa, resultou infrutífera. Publico a fotografia do que me foi dado observar na espetativa de que, através da sua visualização, alguém com conhecimento prático me queira elucidar.

          

(Esclarecimento)

O "caso" estranho que aqui divulguei com o título acima, no qual manifestava surpresa pelo facto de ter nos galhos três bolas vermelhas idênticas a bolas de bilhar, não passa afinal de fake news, isto é, uma falsa informação, pelas razões que passo a explicar.

O rododendro acontece junto do muro do jardim e quem passa junto a ele no passeio, facilmente dá conta, e estranha, as visíveis bolas vermelhas.. Alguém que por lá tinha passado, deu-me conta do que tinha visto instando-me a que fosse eu próprio verificar. Pude, então, constatar localmente a insólita "fruta", confirmando aquilo que desde logo me pereceu ser verdade:tratavam-se efetivamente de bolas de plástico, as quais, pressionadas com os dedos, abriam em meias luas e facilmente encaixavam nos ramos e depois de apertadas pareciam pertencer aos ramos onde estavam colocadas.

Postei mais pelo interesse em falar do singular rododendro, esse sim verdadeiro resistente à condição de velho, mas sobretudo pelo humor de quem teve a insólita lembrança de converter bolas de plástico num atraente "fruto" de rododendro que jamais existiu.

Não espero dos meus seguidores senão um sorriso de boa disposição e de paciente compreensão.

Do autor..

           
Fotos: doLethes
Remígio Costa
           

PANDEMIA É AMEAÇA SUSTIDA.

        

      Cerca de quatro meses após o alarme do primeiro caso ocorrido em Portugal do codiv-19, Lanheses parece estar a contornar com sucesso as perniciosas consequências da devastadora pandemia. Não estão divulgados dados oficiais que atestem a imunidade total da comunidade lanhesense, contudo, também não correm notícias de ocorrências cuja causa fatal esteja relacionada com a contaminação viral ainda em curso.

       Pelo que tenho vindo a observar, designadamente, no centro cívico da freguesia  onde se desenvolve a maior parte da atividade comercial e acontece a afluência de público, local e forasteiro, as regras determinadas pela Direção Geral da Saúde (DGS) a observar por parte dos estabelecimentos e pelos clientes têm sido, de um modo geral, cumpridas. Quem acede ao interior dos estabelecimentos fá-lo com máscara colocada, respeita o distanciamento entre si e o número de pessoas com acesso simultâneo permitido, usa o líquido para higienização das mãos à entrada. Dentro e nas esplanadas dos cafés, as mesas estão à distância requerida e são desinfetadas logo que os clientes as desocupam, os empregados usam máscaras, sendo já notória uma crescente afluência de clientes restabelecendo a rotina do serviço. Não se veem grupos com mais de dez pessoas, mesmo quando se formam aglomerações para assistir a jogos da petanca numa das placas ajardinadas do recinto.

       Nos atos religiosos bem como no acesso ao interior do cemitério, tal como o relacionamento na Obra Social Riba Lima, são mantidas as restrições em vigor. 

       O Centro de Saúde continua todavia (ainda) encerrado.

       

Fotos: doLethes
Remígio Costa

CONFLITO ENTRE O MELRO AFLITO E O GATO PIROLITO

 CONFLITO ENTRE O MELRO AFLITO

 E O GATO PIROLITO

Não há meio de pôr fim

Ao emergente conflito

Que ocorre num jardim

Entre um melro que é músico

E um gato que é pirolito.

O melro faz dum galho coreto,

E encoberto pela folhagem

Usando o seu fraque preto

De maestro com linhagem,

Dá música a toda a hora

A solo ou em dueto.

Então, o pirolito insinua-se, dengão,

Tal polícia na ronda do giro,

Pousando, macias, uma a uma, no chão

As patinhas, vagueando desapressado.

E, fingindo-se alheado,

O maganão,

A esmo se enrola espreguiçando-se mandrião.

Mas o melro é melro acautelado,

Tem o instinto pronto e afilado

E conhece pirolitos de ginjeira;

Logo se põe em guarda, perfilado,

Saltando, veloz, pelos galhos da cerejeira.

Trocou, agora, de pauta e apressa o ritmo da valsa

Assobiando um som estridente, martelado:

-Tchin, tchin, tchintchin, tchin, a nota bem alta

De prenúncio de desgraça.

O coitado,

Está (muito) atarantado.

Tudo faz o melro, aflito,

Para afastar para bem longe  

O astuto e manhoso pirolito,

Porque,

Bem perto dali esconde,

No ninho sob a asa da melra consorte,

O seu neófito melrinho

Correndo risco de morte.

Mas, o gato pirolito,

Sempre com modo de enfadado

Vai ronronar para outro sítio

Fica o melro sossegado.

E, por agora, está o conflito sanado!

2020/junho.

foto: doLethes

HINO AO UD LANHESES

Equipa vencedora do campeonato distrital da 1.ª divisão da A.F.Viana do Castelo.  Treinador: Rogério Gonçalves. Preparador físico: dr. Carlos Bezerra. Nota: Jorge Mendes, que veria a ser o maior empresário desportivo mundial, fez parte desta equipa.

 

                               HINO AO UD LANHESES (NÃO OFICIAL)

Lanheses é inata paixão,

Amor de Mãe, tradição.

Possui aura de vitória,

Orgulho na sua História

E raça de campeão!

Freguesia de Viana,

Nas águas do Lima espelha

A graça dum diadema

De gloriosa princesa.

                  

                  Da União vem a tua força,

                  Da crença as tuas vitórias.

Na luta para vencer,

És fogueira em labareda,

Chama que há-de manter

Bem vivo o calor que gera.

Oh!, meu Lanheses, 

Presente!

Grito único sairá

Da alma da tua gente

Que sempre te amará.

                  Da União vem a tua força,

                  Da crença as tuas vitórias.

Junho/2020

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              Nota do autor: Esta composição visa lembrar que o União Desportiva de Lanheses (UDL), ainda não tem (nunca teve) um hino oficial aprovado. Entendo que deveria ser preenchida tal lacuna. 

               Não sendo definitiva, fica aqui a minha primeira sugestão.

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Remígio Costa