quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

O BARBEIRO CHEGOU EM FEVEREIRO E DESRAMOU AS ÁRVORES DO TERREIRO

            


   

           Estavam a pedi-lo há já algum tempo. As frondosas árvores, em grande parte tílias, que preenchem o centro cívico de Lanheses e tanto jeito dão na época do sol escaldante pela sombra que geram, estão desde ontem a  ser submetidas ao corte dos ramos "à moda dos recrutas" quando vão prestar serviço militar (era assim nos tempos idos), por uma brigada de podadores ao serviço da Câmara Municipal concelhia. O serviço é faseado por setores menos sujeitos ao movimento rodoviário, segundo as precauções exigidas em razão do movimento e estacionamento de viaturas sendo controlado pela GNR local.

            É provável que o trabalho fique terminado nos próximos dois dias.

 








Fotos: Remígio Costa
 

domingo, 25 de fevereiro de 2024

LAMPREIA-MARINHA DÁ ESPAÇO À SARDINHA

         


          Vai adiantada a época da pesca legal da lampreia-marinha no rio Lima e os tradicionais pescadores do apreciado peixe desesperam perante a ausência quase total desta espécie sazonal. A escassez em relação ao passado é gradativa e já acontece há cerca de três anos, sendo que, na época em curso, o especial ciclóstomo não aparece a subir o rio para frustração do pescador amador. Segundo o parecer de um experiente pescador da área do espaço a montante e a jusante da ponte de Lanheses, a diminuta existência do peixe nesta área deve-se, também,  à intensa colocação de redes a momtante da ponte Eifell em Viana do Castelo, por períodos demasiados longos, e quiçá, à pesca clandestina durante a noite. 

          Dada a intensidade e duração do tempo chuva que agora acontece, o aumento do caudal e a falta de visibilidade da água não favorecem a pesca amadora, pelo que os pequenos barcos utilizados balanceiam, solitários e dolentes, atracados na margem do rio. O desalento com que afirmam que o pescado anda à volta de 10% comparativamente com as épocas anteriores, tem reflexo na diminuição dos pescadores que tradicionalmente atuavam na zona da Passagem e Parque Verde de Lanheses.

         A escassez do peixe faz subir em flecha o custo por unidade que vai além de 60€ e varia de acordo com o tamanho e peso. Presume-se que uma refeição num restaurante para duas ou quatro pessoas não entusiasme muitos clientes apreciadores. Até hoje, não abundam os convites habituais para participar nas costumeiras "festa da lampreia" que habitualmente decorrem no tempo da pesca em diferentes pontos do país. Noutros tempos, o "bicho" vendido porta-a-porta valia cerca de 5$ (escudos...). Que diriam hoje os pescadores de antanho que viviam no rio da pesca e do transportes de bens e artigos diversos, se pudessem arrecadar mais de sessenta euros por cada unidade logo à saída do barco? Já não podem responder os tios Augusto, o Carolino, o Rochinha, o Badalheiro, o Coutinho (da margem esquerda), até o animado Zé do Rego, os campeões da pesca até cerca dos anos cinquenta do século XX. Fossem deste tempo e diriam que a lampreia-marinha dá espaço à sardinha. Até ver.

         

         Bom apetite.

        

       

        

        

        

      

        

         

ESQUELETO DE REDODENDRO TEM FOLHAS SEM FLORES

                        O que resta do rododendro de que venho a dar anualmente notícias da sua progressiva degradação física, produziu aind...