quinta-feira, 25 de abril de 2024

ESQUELETO DE REDODENDRO TEM FOLHAS SEM FLORES


                       O que resta do rododendro de que venho a dar anualmente notícias da sua progressiva degradação física, produziu ainda nesta primavera no extremo do único braço com vida um viçoso ramo de folhas verdes mas nenhuma flor; é provável que venha a brotar a breve prazo floração dado que se reconhecem indícios dessa possibilidade. 

                       O que foi um arbusto de proporções pouco comuns na espécie, este velhíssimo  rododendro está reduzido a um único braço esquelético na ponta do qual, surpreendentemente, vem apresentando a sua certificação de vida.

                      Até quando?

Remígio Costa

sábado, 20 de abril de 2024

A FESTA AO ORAGO SANTO ANTÃO ONDE OS ANIMAIS NÃO VÃO.

             Santo Antão, santo patrono dos animais, é venerado há muitos anos numa capelinha erguida no cimo de um pequeno morro sito no lugar a que deu nome com vista para todos os pontos cardiais. O lugar de Santo Antão fica a norte da freguesia de Lanheses a cerca de um quilómetros da Igreja paroquial, sendo servido pela Estrada da Corredoura que segue para São Pedro de Arcos. Neste pequeno outeiro há árvores de porte substancial e em volta da capela um alargado espaço plano onde se concentram as pessoas para assistirem aos atos religiosos e concertos festivos. O espaço é ladeado por duas ruas de acesso com  habitações antigas e recentes. Na estrada ficam os vendedores de doces e produtos variados tradicionais em eventos festivos. Tenho pelo Lugar de Santo Antão uma tendência afetiva de simpatia e mesmo carinho porque ali nasci à vista do Santo. Não sendo eu, felizmente, irracional, não deixo de me considerar seu protegido.

             A festa em honra do patrono dos animais domésticos está atualmente despida da sua essência genuína por carência total dos insubstituíveis protagonistas. Noutros tempos, o espaço continha mais gado bovino, caprino e equino, para além de outras espécies comuns às casas de lavoura da época, do que propriamente pessoas apesar de muitas provindas em grupos festivos de dentro e fora da freguesia. Hoje, restam os animais de estimação e outros de consumo familiar e, eventualmente, para venda na feira quinzenal da freguesia. 

             O dia da evocação do orago Santo Antão já foi "dia santo" celebrado quarenta dias depois da Páscoa, coincidindo com uma quinta-feira durante a qual as pessoas, noutras eras, não realizavam trabalhos pesados.  Por decisão da Igreja as celebrações passaram a ser cumpridas ao domingo e a quinta-feira é, normalmente, o começo da festa.

            O ato religioso mais relevante das festividades é o da Procissão, que decorre no domingo. Tem início na Igreja paroquial para terminar no espaço da capelinha onde decorre a "benção do animais", com um sermão adequado ao ato a cargo do ministro que preside à cerimónia, no caso o responsável pela paróquia, padre Daniel Rodrigues. Noutros tempos, a função era exercida por um eclesiástico consagrado contratado expressamente, o qual, num estilo e oratória empolgantes levava às lágrimas e à comoção os fieis racionais presentes.

            Falar na festa sem evocar o festival do tradicional sarapatel seria o mesmo que, não havendo benção por falta de animais, Santo Antão dispensasse a homenagem que lhe é devida, virasse as costas e recolhesse ao altar restaurado e alindado da capelinha branca. Mas não, o famoso pitéu  que vem do tempo da Tia Nina na confeção, continua a ser o ex-libris da romaria porque caprinos não escasseiam, por agora, e muito menos os apreciadores que se deliciam com os seus saborosos miúdos. Sou um deles, confesso.

            Vejam, aqui, o programa pormenorizado e o cartaz da festa.

            (Muito grato a quem teve a lembrança de enviar-mo)

Remígio Costa


          

             

             RC






terça-feira, 16 de abril de 2024

ROMARIA DE NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO, EM VILA MOU, VIANA DO CASTELO

 

                A Romaria de Nossa Senhora da Encarnação é uma antiga celebração católica que decorre na freguesia de Vila Mou, do concelho de Viana do Castelo, sendo atualmente uma das grande manifestações que ocorrem no Alto-Minho. À semelhança da maioria destas festividade minhotas, esta importante Romaria tem um princípio fervorosamente católico e um formato vincadamente lúdico, bairrista e lazer. 

                Tradicionalmente, a Romaria distingue-se pelo seu caráter bairrista e manifesto interesse que suscita aos emigrantes naturais de Vila Mou, à sua linda e grandiosa procissão e aos seus andores e figurantes, à qualidade das bandas de música que atuam no recinto, ao fogo de artifício e, muito especialmente, ao belíssimo e famoso Arco Festivo construído e erigido pelos vilamouenses no início da rua da Igreja. São, também, cada vez mais frequentados os concertos musicais a cargo de conjuntos de nome com estilos e músicas de cariz pop, executados em palcos amovíveis no espaço alargado do recinto, os quais atraem uma multidão de apreciadores de todas as idades.

               Para gáudio dos apreciadores está aberta uma tenda desafogada junto ao Arco Festivo onde, entre outros manjares, é servido o reclamado cabrito à moda do Minho, e bebidas comuns onde sobressai o "carrascão" verde-tinto servido em malgas apropriadas. Há, também, restaurantes com ementas variadas e bom atendimento.

              Os lanhesenses integram-se na Romaria de Nossa Senhora da Encarnação como se fosse na sua própria terra. Formam uma única comunidade, tal é a ligação sentimental, de amizade e de assíduo convívio e relações familiares entre si.

              Atente-se nos CARTAZ,  PROGRAMA em papel e vídeo aqui publicados onde poderão ser confirmados a relevância, qualidade e variedade de sugestões, e a capacidade, entrega e bairrismo dos nossos caros amigos da ridente e progressiva freguesia de Vila Mou e Torre.

             



              


sábado, 13 de abril de 2024

UMA VELHINHA QUE TEIMA EM CONTINUAR FEIRINHA

            

          


 

               Por isto e por mais aquilo

           Não tenho ido à feira,

           Mas, disse para comigo:

           Hoje vou queira ou não queira!

           

           Com o tempo de feição

           Voltei lá agora animado;

           Comigo levei a Canon

           P´ro retrato bem tirado.

 

           Um aqui outro acolá 

           foi registado o cenário;

          À feirinha agradará 

          Que seja publicitado.

 

          É pouco, é poucochinho 

          À dimensão da feirinha;

          Mas é grande no carinho 

          Que merece esta velhinha.

 

          Aqui no doLETHES fica 

          O que da feirinha colhi.

          Para mim é coisa rica 

          Que distribuo aqui. 

 






Texto e fotos:
Remígio Costa

          

          

          

         

          

           

          

          

quinta-feira, 11 de abril de 2024

EMPREENDIMENTO RESIDENCIAL PARA EDIFICAR NO CENTRO DA FREGUESIA

        Uma notícia recentemente publicada numa rede social, veio confirmar o que há já algum tempo vinha sendo abordado e propagado verbalmente nas conversas informais do relacionamento quotidiano das pessoas: está em marcha a efetivação de um grande empreendimento residencial em Lanheses, no Lugar de Casal Maior, por iniciativa de um  promotor imobiliário privado, o qual é já detentor do terreno onde o projeto será executado. O complexo habitacional está situado a sul da Estrada Central, no alinhamento do estádio do União Desportiva de Lanheses (UDL), do lado norte. "
Este projeto permitirá fixar famílias que procurem o nosso território para viver e para fazer parte do crescimento da nossa população, garantindo assim a sustentabilidade dos nossos equipamentos e desenvolvimento de uma nova geração.", escreve o autor do post engenheiro Luís Grenho, lanhesense com lugar  na atual Assembleia da autarquia da Freguesia, a quem devo e agradeço a informação obtida.

       Este é o maior investimento particular em construções habitacionais levado a cabo na freguesia, que se espera venha a ser a pedra de arranque de muitos outros. Há um déficit considerável de alojamentos que tem travado o crescimento populacional de Lanheses, considerando a população derivada dos docentes da Escola Secundária e, especialmente, dos milhares de operários em laboração na cada vez maior Zona Industrial. 

        

         Para mais e melhor elucidação divulgam-se, com a devida vénia, os estudos apresentados ao município de Viana do Castelo, a sul e a norte da Estrada Central.

      
UOPG 12 - Sul Estrada Central
UOPG 12 - Norte Estrada Central

 

Remígio Costa



sábado, 6 de abril de 2024

SERVIÇOS TROCAM A FEIRA PELO LUGAR DO CAMPELO (ROTUNDA)

        

                                                    Instalação partilhada (edifício)

        A CASA ROCHA TIEN21, com comércio de eletrodomésticos e serviços associados entre os quais o posto do correio público, bem como a clínica ALMAYET para tratamento de animais, fecharam as portas no Largo Capitão Gaspar de Castro para se instalarem num edifício partilhado criado de raiz erigido no Lugar de Campelo junto à rotunda da ponte de Lanheses. 

        São dois serviços de relevância que deixam o Largo da Feira mais desvalorizado atendendo ao elevado número de clientes e utilizadores dos serviços prestados que até agora satisfaziam todos os outros diferentes interesses num espaço curto e acessível. 

        Os serviços expandem-se e o comércio no centro cívico da freguesia contrai-se. Alguns entenderão que é uma incontrolável evolução natural da vida social e económica local, outros, mais conservadores, entenderão que o Largo sem frequentadores fica triste e mais pobre.

        O tempo o dirá.

      

                                                            Clínica (lado nascente)

 

                                                                Lado poente

Remígio Costa 

       

       


segunda-feira, 1 de abril de 2024

GRANIZO "A CÂNTAROS" PINTOU DE BRANCO O LARGO DA FEIRA

      Não durou mais de quatro ou cinco minutos, mas bastou para pintar de branco o Largo Capitão Gaspar de Castro, eram 1h e 45" da tarde. Anunciada por um trovão vindo de uma nuvem escura posicionada sobre o Largo, a chuva torrencial caía, grossa e contínua, reforçada com bolinhas avulsas de granizo a fazerem música nos tejadilhos das viaturas ali estacionadas.

      Findo o fenómeno houve lugar ao registo fotográfico de breves brincadeiras e de comentários vindos dos clientes do Tasco do Neu, os quais, debaixo do toldo iam aliviando o peso do granizo acumulado em cima.

      Eis o registo em fotografia:














     Remígio Costa

ESQUELETO DE REDODENDRO TEM FOLHAS SEM FLORES

                        O que resta do rododendro de que venho a dar anualmente notícias da sua progressiva degradação física, produziu aind...