quinta-feira, 10 de novembro de 2011

POLÍTICO = MENTIROSO.

O

               A opção assumida pelo governo de Pedro Passos Coelho, para reduzir a despesa do Estado, apropriando-se de parte da pensão dos reformados é uma decisão política deliberada, não absolutamente necessária nem imposta pelo acordo assinado com a "troica", cujo regulamento estabelece apenas o congelamento das remunerações. Quer dizer, que, o primeiro-ministro optou, conscientemente, em faltar à palavra fazendo tábua rasa das promessas feitas aos portugueses em situação de reforma, antes e depois das eleições.

               É importante sublinhar que atitude do primeiro-ministro e o seu governo PPD-PSD/CDS-PP configuraria uma atitude de apropriação de coisa alheia, isto é, uma situação de assalto a bem privado se fosse uma entidade particular a cometer a acção. Efectivamente, uma pensão de reforma é equiparada a um património adquirido ao longo de uma vida de trabalho, resultante do depósito periódico de quantias subtraídas nas remunerações auferidas pelo trabalhador e capitalizadas ao longo dos anos de serviço e geridas pela Caixa-Geral de Aposentações. Tal e qual uma poupança a que qualquer cidadão tem acesso se assim o desejar, recorrendo a instituição bancária ou seguradora.

               Muitos dos que decidiram ingressar nos quadros da administração pública fizeram-no na convicção do cumprimento por parte da pessoa de bem que deve ser o Estado dos pressupostos  plasmados nos diplomas que regulavam o estatuto aplicável aos funcionários públicos, entre os quais o direito a uma pensão de aposentação que lhes asseguraria o sustento na fase em que já não estão em condições de competir no mercado de trabalho.

              Muitas opiniões têm vindo a público de vários quadrantes e especialistas de economia que garantem  que o primeiro-ministro tinha à sua mão, digamos que a direita já que da esquerda nem quer ouvir falar, outros caminhos. Todavia, de forma deliberadamente persecutória, usando da sofreguidão  do lambe-botas a engraxar os sapatos ao patrão, Passos Coelho, querendo mostrar que é aluno aplicado, numa atitude de excesso de zelo passa por cima dos direitos adquiridos dos reformados e fez questão de mostrar que é "mais papista" que o próprio Papa.

               Já é velha de anos uma corrente que se vem opondo ao pagamento dos apelidados 12º e 13º meses com o estafado argumento que não existem lá fora tais abonos, como se alguém ignorasse a disparidade que existe entre o salário mínimo que se paga aos trabalhadores em Portugal e no estrangeiro. Miguel Cadilhe, então ministro de Cavaco Silva, já em 1982 pagou meio subsídio de férias em certificados de aforro; Silva Lopes, Bagão Félix e, creio, Medina Carreira, que passaram pelo governo, bem como outros, não se têm cansado de pedir a sua extinção. Por agora, as associações patronais e os donos das empresas estão aparentemente acalmados com o aumento de meia hora por dia a mais de trabalho no sector privado. Não vai durar muito que nesta área os que ainda se mantêm detentores de salário vejam a entidade patronal  seguir o "bom exemplo" do seu liberal defensor Pedro Passos Coelho.

              

              

              

5 comentários:

  1. Amigo Remigio, Ja e tarde aqui e, se me permetes amanha cedinho o irei comentar o teu excelente artigo,(como sempre)Um abraco do Amigo Horacio

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  2. Amigo Remigio, ja e tarde aqui e tambem ja estou cansado, mas amanha cedinho comentarei o teu excelente artigo (como sempre) Um abraco do amigo Horacio

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  3. Amigo Remigio excelente comemtario, hoje nao tenho tempo mas o farei amanha cedinho (como sempre um bom comemtario. Um abraco do Horacio

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  4. todos os politicos e a politica seguida desde 74 são os culpados desta situação caótica no pais. os últimos 15 anos foi o descalabro total e então os últimos 6 anos foi onde pais onde se afundou mais. foi muito esbanjamento e muita mentira ao longo destes anos.as medidas são fortes e penalizantes e injustas, mas depois de se chegar a esta situação como se resolvia? não se pode nem se podia continuar pelo caminho anteriormente seguido. não vai ser fácil.tenho sérias dúvidas sobre o futuro.algo forte tem de ser feito sob pena de se hipotecar o futuro de Portugal e nunca mais conseguir-mos ser um pais nobre como sempre fomos.este pacote de medidas são injustas e excessivas porque são sempre os mesmos a pagar, os pobres(trabalhadores,função pública e reformados)e os ricos (aqueles que tem fortunas, aqueles que conseguem esconder o muito que ganham ou roubam) a estes nada lhes acontece. é humilhante e sinto-me muito mal quando vejo um rico a dizer mal dos politicos e da politica quando nós sabemos que estes se safam sempre com eles e com ela( continuam a comprar grandes quintas, a inventir e a enganar).antónio miranda

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  5. Ex.mo Senhor Eng. Antonio Miranda, gostaria de lhe lembrar que nem todas as quintas que foram compradas em Portugal foi com dinheiro ganho em Portugal. Foi sim dinheiro investido em Portugal para contribuir para a riqueza do Pais. Mas, creia foi dinheiro ganho com muito sacrifico!
    Os meus respeitosos cumprimentos. Horacio

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