sábado, 4 de abril de 2020

MÁSCARAS



MÁSCARAS

A máscara que eu usava
nos anos que já vivi
estraguei, não vale nada,
tenho que usar esta aqui.

Brancas, pretas, amarelas,
outras há de várias cores;
estão à mão todas elas
p'ra enfermeiras e doutores.

Afirmam os entendidos,
e talvez tenham razão,
que previnem contra um virus
e evitam propagação.

É cauteloso e sensato;
age bem quem em casa fica.
Protege melhor seu recato,
dispensa hospital e botica.

Anda o mundo atarantado
numa guerra sem quartel
em luta contra um malvado,
invisível e cruel.

Não sei se veio da China
ou dos Estados Unidos.
Já tinha o Xi a velutina
P'ro Donald deu o virus.

Anda em França o Macron
sem saber o que fazer
fiado em parecer bom
que  Merkel lhe oferecer

No Reino Unido é o Boris
escondido do Codiv 19
Fujiu de Dawning Street
Deixou o gato com fome.

Ao lado, "nuestros hermanos"
Tendo feito a geringonça
seguram agora "en sus manos"
um virus amigo da onça.

Em Portugal é Marcelo
Sem selfies, que muito gosta;
Temido e Graça, na trela,
P´ra entrevistas, o Costa.

Ai, amigos meus, que tristeza
Um homem chegar a casa
com a máscara bem presa
e a abafar da caminhada!

Bater com o nariz na porta,
salvo seja porque é metáfora,
E ter que dar meia volta
P´ra desinfetar o anátema.

abril, 04, sábado; à tarde.

Remígio Costa
































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