O agente destruidor já entrou em Portugal vindo do Egito através da Espanha em 2007, mas é no ano prestes a findar que a sua ação malévola da palmeira das canárias mais se fez sentir, a tal ponto que é já reduzido número das que, aparentemente, não apresentam sintomas de estarem contaminadas pelo escaravelho vermelho (Rhynchophorus ferrugineus).

AGRA - Eram duas ficou uma (até ver)
Esta árvore de origem asiática que se estendeu a quase todo o mundo é muito popular em países mediterrânicos sendo muito procurada em Portugal como planta ornamental de jardins públicos e privados. Quem muito contribuiu para a sua expansão no nosso país terão sido os emigrantes brasileiros que as não se dispensavam de as erguer nos jardins das casas apalaças que mandaram construir.
Agra - Esta e a companheira do lado que não aparece na foto. Albergue de pardais.
Na nossa freguesia são escassas as moradias novas onde não haja um ou dois exemplares destas palmeira a prrencher o espaço ajardinado que normalmente existe na entrada principal. Não valorizo por aí além a opção de quem as possui porque a minha preferência dou-a ás árvores autóctones que as temos muitas e ótimas não só para embelezar, mas, também, como produtoras de frutos e flores belíssimas.Todavia, gosto imenso de ouvir a algaraviada dos pardais ao crepúsculo da tarde entre os seus ramos a disputarem o local onde passarão a noite.
Agra - Avenida rio Lima
Abordei aqui no doLethes o facto de estarem a desaparecer a um ritmo progressivo muito acentuado, vitimadas pelo escaravelho vermelho, as palmeiras existentes nesta localidade. Referi-me a uma das mais conhecidas pelos lanhesenses, por muito antiga e pelo local onde cresceu e durou mais de uma centena de anos, a do adro da igreja paroquial , por detrás da capela mor. Já lá não se encontra e no local ficou para já apenas o buraco recente donde foi arrancada.
Dei pela freguesia uma volta e nos lugares que percorri havia algumas palmeiras aparentemente ainda não atingidas. Todavia, não eram menos as que apresentava indícios de estarem irremediavelmente condenadas a desaparecer. Outras, já teriam sido abatidas.
Bem pode afirmar-se que 2014 ficará como o ano da morte das palmeiras.
Largo da Corredoura
Peitilha - Duas a abater.
Lugar da Igreja
Estrada da Igreja: Eram duas, ficaram assim,
Aqui crescia a mais de um século a mais antiga: a do adro da Igreja de Lanheses.
Texto e fotos: doLethes.
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