ECCE HOMO.

 

    Luis Aragonés apontado à selecção de Portugal.

    Espanhol, 71 anos, jubilado e aposentado.
         Como todo o genuíno espanhol, Aragonés é amante da tourada pelo que a sua anunciada vinda para seleccionador de Portugal, não poderia ser mais justificada face à empolgante "festa brava" que se vive actualmente no nosso país, no futebol como na vida pública.
          Conhecida que é a apetência de "nuestros hermanos" pelo nosso património, como o provam as insistentes tentativas feitas ao longo da história comum das duas nações da península ibérica para nos anexar, até agora sempre malogradas, a estratégia para o conseguirem tomam formas menos bélicas mas não menos eficazes.
          O afluxo dos capitais sacados aos cofres da comunidade europeia nas mãos dos sagazes espanhóis tem vindo a alargar o espaço da nação vizinha à custa da diminuição do português, com a aquisição de milhares de hectares de propriedades retirados à agricultura para nelas criarem complexos turísticos. Empresas artificialmente descapitalizadas passam a ser rentáveis se forem propriedade dos espanhóis. Outras, tão apetecíveis como a Vivo, da Portugal Telecon, está na boca insaciável da fortíssima Telefónica e, não tarda, estará no seu papo.
          Cristiano Ronaldo e o luso-brasileiro Pepe, são de Florentino Perez, como Simão pertence ao Atlético de Madrid. Outros, como Raul Meireles, Bruno Alves ou Coentrão poderão, a todo o momento, seguir o mesmo caminho. O Anjo da Maria também foi mas, esse, é argentino.
           Quem se vai admirar se alguém, vindo da terra de Cervantes e Picasso, resolve lançar um opa sobre a Federação Portuguesa e compra a selecção inteira?
           Será que está a ser dado o primeiro passo com a vinda do "velho" Aragonés?