quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

PAGAR TRIBUTO AO CRIME

            O TRISTE DESÍGNIO DO COMERCIANTE.



                                          A PADARIA DANTAS na Rua da Igreja
             Não basta ao comerciante lutar contra a  crise que estiola o negócio, a luta desigual que trava com as grandes superfícies onde o néon deslumbra e atrai as massas abúlicas e consumistas crédito-dependentes, submissas ao marketing insidiosamente apelativo que as persegue 24 horas por dia, a síndica vigilância sobre o cumprimento escrupuloso das leis e regulamentos que se lhe aplicam entre os quais se inclui o pagamento tempestivo dos impostos, enfim, toda uma vida de canseiras e atribulações que lhe massacram e infernizam a actividade comercial. Tem, ainda, que enfrentar numa luta desigual e arriscada a horda criminosa que lhe estronca a fechadura da porta, lhe estoira contra a montra a viatura roubada, lhe desfaz os escaparates e os sistemas de vigilância à marretada e o obriga a despejar o conteúdo da máquina registadora, rezando a Deus para que lhe permita sair com vida de tão medonho pesadelo.
           Só quem alguma vez passou pelo sentimento de frustração que se vive no momento em que se constata ter sido violada, pela calada da noite, a porta do seu estabelecimento pode avaliar o tamanho da revolta e o vazio que se instala no íntimo da vítima de assalto!
           Vem isto a propósito do assalto verificado na madrugada de ontem na PADARIA DANTAS, onde os criminosos se introduziram depois de estilhaçada a porta em vidro da entrada, para se apoderarem de uma máquina de tabaco, após o que desapareceram sem deixar rasto.
           É o tributo ao crime a que o comerciante se sujeita uma vez que jamais será ressarcido dos prejuízos patrimoniais e, muito menos, dos morais que são irreparáveis.

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