Basílica de Santa Luzia
Não estava ainda iluminada a emblemática araucária do Largo de Santo António, a curta distância da entrada para o funicular que sobe a encosta do Monte de Santa Luzia até à Basílica do Coração de Jesus, lá no topo, com o monumento a emergir da escuridão pela luz dos holofotes e das lâmpadas de néon a definirem os contornos da beleza e imponência da fachada, quando, perto das 18:00 horas de ontem, estava a caminho da zona da cidade de Viana do Castelo mais procurada pela população residente e forasteira, intentando ver e avaliar os arranjos iluminados das ruas e avenidas do centro turístico e comercial da cidade na quadra natalícia do ano em curso.
Avenida dos Combatentes da G. Guerra, com vista para Santa Luzia e estação da CP.
A mesma Avenida, com vista da estação para o rio.
Em frente à estação dos caminhos de ferro tenho uma visão quase completa da Avenida dos Combatentes da Grande Guerra e reparo que os globos dos candeeiros fixos dão mais luz do que a que vem dos enfeites, esparsos e singelos, levantados até à Praça da Liberdade, ao fundo, junto do estuário do Lima. Da Avenida, espreito a Rua Manuel Espregueira e, com algum esforço alcanço uns metros sem ver o Largo de São Domingos, onde a rua termina. Viro, à esquerda, pela rua da Picota e são as montras dos estabelecimentos desertos que quebram a penumbra que se dilui ao chegar "à praça", com a estátua de Catarina Ipaguaçú e Caramuru, quase nus, incomodados como alguém fora do "seu ambiente", ainda mais sozinhos e escuros do que quando ali passo de dia. A luz led consegue atrair o olhar para a suma beleza do tríptico formado pelo chafariz, Misericórdia e antigos Paços do Concelho, que espreita, também, por alguns momentos, o agora baptizado Passeio das Mordomas para apreciar os ornamentos natalícios. No Largo do Instituto Histórico do Minho, a monumental Sé, destaca-se sem iluminação artificial por ter a face lavada depois da recente limpeza que sofreu e, dali, a descer para até chegar ao Jardim Público da margem do Lima, a rua de Gago Coutinho apresenta luzes desenhando "ss", aqui e lá mais para baixo. Sigo pela rua da Bandeira e adivinho-a mais do que a vejo até chegar à avenida Rocha Páris, pouco mais do menos visto antes, espreito na rua de Aveiro para a Praça 1º de maio e vislumbro as luzinhas pirilampo nas árvores que lá tem, sigo até ao túnel que o presidente Lucínio Araújo fez construir e, Alexandre Rodrigues, professor de matemática no Liceu dá o nome, subo alguns metros na Avenida 25 de Abril e constato que estão ligadas agora as led na árvora natural de Natal mais esticada da Europa.
Idem, do lado oposto
Modesta, poupada, singela, discreta, escassa, restrita aos locais do comércio e zona turística as iluminações de inspiração natalícia dão, em certa medida, a imagem da nossa linda capital do distrito. Para além de tudo o mais, a contenção de gastos é uma atitude sensata e economicamente equilibrada, porque, todos sabemos, para o bem e para o mal, Viana do Castelo, tão acostumada que está a procurar noutras partes o que não vê na sua casa, pelas 21:00 h, mais minuto menos hora, tranca a porta e fica no sofá a ver a telenovela até ao debate político ou transmissão de evento desportivo. Na paz dos reconciliados com a vida.
Passeio das Mordomas
Rua Manuel Espregueira
Fachada da Misericórdia
Sé Catedral
Rua de Gago Coutinho
Troço da rua da Bandeira
Troço da Avenida Rocha Páris
Troço da rua de Aveiro e Praça 1º de maio
A famosa araucária
FOTOS: doLETHES
Remígio Costa
Magnifique ville aussi bien en hiver qu'en été , félicitaions pour ses jolies photos
ResponderEliminarMerci, eugenie. Joyoeux fêtes pour vous. Bijou.
ResponderEliminarJoyeuses fêtes à tous
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