quarta-feira, 16 de setembro de 2015
QUADRAS VELHAS.
As quadras que abaixo divulgo não são da minha autoria. Nem a pessoa das minhas relações sociais que mas deu a conhecer consegue identificá-las. Porém, não interessa para o caso senão o facto de serem muito antigas reportando, presumivelmente, aos fins do século XIX ou princípios do seguinte. Constam de uma folha de reduzidas dimensões em parte num estado adiantado de deterioração, cuja leitura se torna bastante difícil ou mesmo inviável em em alguns dos versos. Está escrito à mão em letra bem desenhada sem nome ou assinatura e foi encontrado dobrado em quatro partes entre as folhas descoradas de um velho livro esquecido dentro de uma gaveta.
Daquela janela alta
Me atiraste um limão
A casca deu-me no peito
O sumo no coração.
O velho e mais a velha
Foram ambos aos feijões
À velha caiu-lhe a saia
E ao velho os calções.
Se leres o que escrevi
Na feira de S. Miguel
O passarinho das maçãs (!?)
Embrulhado num papel.
Fui-me confessar e disse
Que não tinha amor nenhum
Deram-se como penitência
Que tivesse ao menos um.
Menina prenda o seu melro
Que não vá à minha horta
Dá-me cabo dos tomates
Ao procurar a minhoca.
Menina prenda o seu melro
Que não vá ao meu quintal
Se lhe solto o meu cachorro
O seu melro fica mal.
Tenho dentro do meu peito
Duas espinhas de peixe
Uma diz-me que te ama
Outra diz-me que te deixe.
Foto: doLethes
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