segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
A SAFRA DA LAMPREIA NO RIO LIMA, EM LANHESES (Viana do Castelo).
Decorre bastante intensa a safra da lampreia no rio Lima, em Lanheses, a montante e a jusante da ponte. Tem hora própria que combina com a descida da maré e a água corre mais límpida, o leito de areia branca fica mais claro e põe a descoberto o longilíneo corpo do ciclóstomo de boca de ventosa colada à pedra do ramo estrategicamente colocado pelo predador, a ganhar folgo para prolongar a subida contra a corrente até ao ponto da desova, o mais acima que conseguir. Num golpe rápido e certeiro o pescador maneja a arte e trás na ponta fina o bicho a rabear. Mais uma, e outra, e repete se a hora for de sorte, dá força ao motor e posiciona-se noutro ponto deixado livre por outro concorrente, sobe, rodopia ou ziguezagueia num jeito enleante guiado pelo olhar a perscrutar cada indício da presença do corpo acinzentado da esquiva iguaria sazonal.
Uns com mais tempo outros nas horas vagas que o trabalho concede, por paixão e também pelo valor económico que a safra pode render, esta é a hora da febre da lampreia que apaixona alguns lanhesenses e consola muitos outros que se batem com ela às torinhas numa bela arrozada a fugir na travessa, à bordaleza com pão ensopado, no espeto ou fumada que faz salivar um mortal como cachorro à espera do osso para lamber.
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