Se alguém admite como possível que este Primeiro-Ministro já não seja mais capaz de nos surpreender, pelos piores motivos, desengane-se. A acrescer ao seu manifesto constrangimento por ter de governar o país numa situação de maioria relativa junta-se, agora, a crise económica que coloca Portugal à beira de um colapso financeiro cujas consequências ninguém se atreve a prever e para a qual parece não ser capaz de fazer mais do que responsabilizar os que menos para ela contribuíram.
No que à deslocação recente de José Sócrates ao Brasil respeita, não pode ser aceite sem alguma surpresa atendendo a que há muitos poucos dias, Lula da Silva, com ele conferenciou em Lisboa levantam-se, ainda, mais interrogações quanto aos verdadeiros interesses desta viagem ao país irmão quando foi noticiado que, o principal responsável pela embaixada do governo e dos convidados que a constituíam, deixou a meio uma reunião em que participava para se deslocar à residência do músico e cantor Chico Buarque, situada bem longe do local onde ela decorria, para com ele tomar café.
Mas o mais bizarro da história é ter sido propagado para a imprensa (ao que parece pela staff da comitiva presidencial portuguesa) que o encontro se realizou sob convite do célebre artista brasileiro o qual, pouco colaborante e muito incomodado com o despautério, não perdeu tempo em fazer constar que só recebeu Sócrates por este ter instado (quiçá, acedendo à "cunha" que terá sido "metida" ao seu presidente, pelo interessado) para que o recebesse e lhe concedesse AUTÓGRAFOS para oferecer aos seus familiares!
Outra vez na Venezuela (ainda está fresca na memória a última deslocação ao país de Chavez), tal como na anterior visita, o Chefe do Governo português, assinou com aquele "inimigo" confesso dos yankes americanos do norte, nove novos acordos para a recíproca transacção de bens económicos e serviços.
Quem fizer fé apenas nas imagens que nos atiram para olhos nos ecrans das TVs, fica com a ideia de que o antigo eldorado que os nossos antepassados ali julgavam existir, é afinal, uma realidade e que só a arte e engenho de José Sócrates poderiam materializar, no nosso tempo. Mas a verdade é, infelizmente, bem diferente se se souber que dos um milhão de Magalhães, cuja venda foi acordada na anterior visita, somente trezentos e cinquenta mil chegaram, até agora, ao destino e várias outras remessas de bens perecíveis que os confiados empresários contratantes para lá enviaram tiveram que ser mandados de volta por não terem sido levantados em tempo útil e correrem o risco de ficarem fora dos prazos de validade para o consumo público. Também a adjudicação contratada das casas pré-fabricadas não viu levada à prática a sua execução, pelo que nem uma única unidade foi vendida até hoje.
E, o pior de tudo isto, é que o país parece não dar indícios reais de que o caminho para a saída do pântano em que nos atolámos ainda está longe de ser iniciado.
domingo, 30 de maio de 2010
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