quarta-feira, 12 de maio de 2010

SUA EXCELÊNCIA E AS SUAS EMINÊNCIAS.

     
            Como Primeiro Ministro de Portugal, o senhor engenheiro José Sócrates, apresentou a Sua Santidade o Papa, os cumprimentos protocolares devidos a um Chefe de Estado em visita oficial ao nosso País.
            À saída do encontro privado que teve com o Santo Padre, a terceira figura do Estado Português, referiu-se ao mais alto representante da Igreja Católica usando, repetidamente, a fórmula "Sua Eminência", quando, nas declarações que prestou aos jornalistas, se quis referi ao ilustre visitante.
            Quando ouvi o Chefe do Governo do meu País proferir aquela expressão pela primeira vez, levei-a à conta de um natural lapsus linguae, facilmente desculpável numa conversa quase informal como era a mini entrevista que concedeu à saída da Nunciatura. Porém, o uso por mais, pelo menos quatro vezes, da referida expressão e a firmeza que me pareceu notar no tom em que a fez, deu-me a convicção de que o senhor Primeiro Ministro não estava distraído mas, pelo contrário, bem consciente do recurso a tal  tratamento.
            Não me arrogo de possuir grandes conhecimentos em regras de etiqueta e ainda menos de formalidades protocolares de actos públicos. Todavia, do que aprendi no início da minha formação católica (que julgo ser a mesma que teve na juventude o ex-católico José Sócrates) e académicas (distintas também no curso e estabelecimento de ensino frequentados) e profissionais e do saber empírico que sempre se vai adquirindo ao longo da vida, para quem por ela passa com ouvidos e olhos interessados, julgo estar habilitado em informar Sua Excelência o Primeiro Ministro de Portugal, de que o tratamento compatível a conceder àquele alto dignitário da Igreja Católica deveria ser

                      SUA SANTIDADE, O PAPA ou, de forma mais simples, SANTO PADRE.
        

1 comentário:

  1. Eminencia já é muito bom para um papa que devia estar preso por esconder casos de pedofilia.

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