sexta-feira, 6 de março de 2020

RESILIÊNCIA DE RODODENDRO DESAFIA O TEMPO

         


      Um único braço descarnado de podre, esburacado e aparentemente seco e estéril, ligado ao que resta do tronco carcomido de um decrépito rododendro, que já mediu cerca de cinco metros na altura da copa sustenta, ainda, incrivelmente, na ponta, um frondoso tufo de folhas verdes e viçosas como se de uma árvore ou arbusto jovem se tratasse! E, como que numa demonstração da genuína essência da sua resiliência e vitalidade, entre a folhagem a roçar folhas de lírio no chão, brota uma única e bela flor aberta como um sorriso gracioso e gentil.

       Este vetusto arbusto cresceu à sombra de uma japoneira que atualmente tem dimensão avantajada, sendo de crer que beneficiou da fertilidade do terreno e da proteção da árvore maior para vencer o tempo e atingir tamanha envergadura e tão provecta idade. De há anos a esta parte a ruína tem vindo a acentuar-se em ritmo acelerado e já nem os galhos secos que formavam o esqueleto no ano passado estão lá por força da limpeza da poda que lhe foi aplicada.
     
       Até p'ro ano, velhote.

       O rododendro faz parte do jardim particular da Casa dos Condes de Almada (TH), no Largo Capitão Gaspar de Castro, em Lanheses, situando-se a escassos metros do Pelourinho que foi símbolo da antiga Vila Nova de Lanheses. 

     
   

      
    

        
Fotos: doLethes
Remígio Costa
       

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