domingo, 24 de julho de 2016

BANDAS LARGAS.

      





                Os promotores da festa do Senhor do Cruzeiro e das Necessidades empenham-se anualmente  em oferecer ao público visitante concertos musicais de qualidade  executados por Bandas afamadas de grande prestígio. A fama de que algumas delas justamente granjearam nas festas e romarias minhotas valoriza o cartaz e atraem o interesse dos seguidores destas orquestras de raiz popular que constituem um dos principais atrativos e chamariz destes eventos.

            Nas festa deste ano que hoje chega ao fim, estiveram nos coretos amovíveis as Bandas Marcial de Fermentelos e Velha de Golães, as quais, entre as cerca das 10:00 horas e a uma da manhã de hoje, domingo, interpretaram um variado reportório em despique alternado. 

                           Banda Marcial de Golães

            Ao que pude constatar no recinto e do que ouvi dos presentes, os elogios aos dois agrupamentos eram consensuais entre os ouvintes mais atentos e entendidos no assunto. Excelentes bandas, repetiam, com um sorriso aberto e a convicção de entendidos no assunto.   Alguns mesmo entusiasmados manifestavam-se de forma exuberante no final de cada interpretação. Pessoalmente, não sendo eu conhecedor profundo e seguidor assíduo destes concertos, fiquei agradado com o que ouvi e subscrevo sem qualquer rebuço a opinião dos entendidos. Foi notório o cuidado  trabalho dos dois maestros, que se refletia na qualidade do desempenho dos músicos, muito jovens na sua maioria, bem como na harmonia do som que extraíam dos instrumentos que tocavam.


                       Banda Velha de Fermentelos
          
             Há, porém, que atender ao custo da contratação das Bandas que é, tanto quanto sei, bastante alto sendo de longe os mais onerosos dos gastos das festas, até porque o tempo da atuação é limitado (que se estende apenas durante o período da tarde-noite do fogo de artifício, ao contrário do que era uso há anos atrás em que atuavam em dois dias). Mesmo tendo consciência desta realidade, os festeiros sujeitam-se aos riscos e não abdicam dos contratos apesar de, reconhecidamente,  ser muitíssimo reduzido o número daqueles que ouvem e entendem o que escutam, que nos leva  à constatação de que nem todas os colares das mais belas pérolas  ficam bem  em qualquer peito nem em todas as cerimónias e, sobretudo, em qualquer ambiente ruidoso como é o dos arraiais das festas  populares, onde são bem melhor aceitas e atrativas sobretudo para as camadas jovens as ditas "bandas" de garagem e os festivais das cervejas e da bagunça que se promovem por toda a parte arrastando hordas frenéticas de apreciadores.



Fotos: doLethes
Remígio Costa

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