sábado, 28 de agosto de 2010

INSANABILIDADE OU PRECONCEITO?

    
        Desde a sua entrada em funcionamento em 1979, a agora designada Escola Secundária EB 2,3/S, sediada na antiga Quinta da Barrosa, nesta freguesia, tem vindo a utilizar o Pavilhão da Casa do Povo de Lanheses para ali cumprir as exigências curriculares dos seus alunos na área da actividade de educação física e desportiva, por inexistência no corpo principal do estabelecimento de ensino de um equipamento de raiz específico coberto para desenvolver aquela disciplina.

        A utilização obedeceu a um protocolo assinado entre as partes obrigando-se o Estado, representado pela Escola, a pagar o tempo de ocupação do pavilhão nas aulas, o qual, desde o seu início, foi fixado pelo limite máximo da Tabela legal, tendo vindo a ser actualizado ao longo dos anos por despacho ministerial atingindo neste momento os 19€/hora. No ano lectivo findo, o tempo de ocupação diária era de 10 horas.

        O Pavilhão da Casa do Povo é, frequentemente, utilizado para outros eventos e a sua Direcção entendeu ali efectuar obras para  melhorar as condições para o efeito. Porém, os trabalhos entretanto levadas a cabo, os quais, basicamente, consistiram na abertura através da bancada de uma ligação de acesso directo do ringue a uma dependência que seria utilizada, ocasionalmente, como cozinha, não terão sido aprovadas pela Direcção da Escola e das entidades superiores do Ministério da Educação, que não foram solicitadas para se pronunciarem sobre as alterações e consideraram que, tal como foram concebidas e concluídas e a natureza do uso que intentaram dar-lhe, a ocupação do recinto nas actuais condições poria em risco a segurança física dos alunos, estando as referidas entidades na disposição de prescindir da sua utilização caso subsistam as alterações efectuadas.

          A manter-se este impasse entre as entidades envolvidas, o Conselho Executivo da Escola EB 2.3/S, propõe-se fazer deslocar para a vizinha freguesia de Fontão os alunos em transporte alugado, sendo considerada bastante para cobrir o encargo que a iniciativa acarreta a verba actualmente paga à Casa do Povo.

         Não havendo entendimento, a receita da Casa do Povo deixa de contar com cerca de VINTE MIL euros por ano de rendimento (aproximadamente) e os alunos e os seus professores, que actualmente percorrem a pé curta distância que separam as duas instalações, terão que  fazer alguns quilómetros diários, de ida e volta, à freguesia do concelho de Ponte de Lima.
       
  
       

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