quinta-feira, 5 de maio de 2016

POUPA POUCA

           

            Há muito que não ouvia o repetitivo hoop, hoop, hoop, o som rouco característico que uma poupa emite a cantar. Foi no início desta semana, ao romper do dia, que me apercebi de que andava por perto uma ave facilmente identificável pelo seu canto inconfundível de entre as espécies aviformes da nossa região. No quintal, não a avistei de imediato e pude vê-la em voo quando ela saiu da árvore onde estivera. Hoje, mais ou menos à mesma hora, a poupa madrugadora voltou a anunciar a sua presença pousada na antena de tv numa moradia vizinha, concedendo-me o tempo mínimo para que a tivesse podido fotografar. 

            A poupa é uma ave bastante exótica quer na plumagem quer pelo bico alongado e crista ponteaguda na cabeça. E no cantar. Quando criança e procurava ninhos, sabia que elas os construíam em buracos das casas ou muros, mas poucos se atreveriam a chegar perto deles pelo intenso mau cheiro que exalam. Parece que são agora menos do que no passado, o mesmo acontecendo com outras espécies como as pegas, os ferreiros e mesmo as andorinhas, mas, tanto elas como as pegas dão indícios de estar de volta a este habitat. 

             Hoop, hoop, hoop... 

Foto: doLethes
Remígio Costa
             

             

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