domingo, 19 de junho de 2011

VISON-AMERICANO VOLTOU AO "OLHO".

             No ano transacto várias vezes referi aqui o aparecimento do vison-americano no "regato" conhecido por "olho", um local onde no Verão existe alguma água residual da chuva e se reproduz o lagostim de água doce, uma praga bastante comum nas águas salobras dos charcos que não secam durante a época estival, junto ao Parque Verde de Lanheses. Entretanto, com a chegada do Outono, os três especimen ali detectados deixaram de ser vistos o que poderia significar que este não seria o habitat natural da espécie.

             Como utilizo com regularidade o percurso onde se situa a ponte, não passo ali sem dar uma espreitadela ao local, seja para observar o voo de uma ave ou, quiçá, à espera de ver uma ninhada da patos a levantar voo. Hoje, no início da manhã, a jusante da ponte, notei uma agitação na quietude habitual na superfície da água e, passados alguns segundos, soube o motivo porque isso sucedia: um vison-americano saía debaixo dos ramos de um salgueiro tombado no rio, quase submerso, e deslocava-se em direcção à margem abrigando-se debaixo dos ramos das árvores ali existentes. Ainda permaneci no local por alguns minutos sem que, de novo, o animal se tivesse mostrado não tendo, por outro lado, por ali aparecido nenhum outro da mesma espécie.

              Tudo leva a crer que seja o lagostim de água doce que ali se reproduz em abundância a razão do aparecimento por estas bandas de uma espécie que, sendo desconhecida até ao ano passado neste meio, parece dar-se muito bem por estas bandas.

 

Vison-americano, um predador não muito bem visto entre algumas
espécies autóctones. (Imagem de arquivo)
 


         

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