sábado, 18 de junho de 2011

PASSOS COELHO E MAIS DEZ.


"São 11 os ministros de Pedro Passos Coelho. Vítor Gaspar sucede a Teixeira dos Santos nas Finanças e Álvaro Santos Pereira vai para a Economia. Paula Teixeira da Cruz, primeira vice-presidente do PSD e ex-presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, assume a pasta da Justiça no novo Governo. Miguel Macedo, antigo líder parlamentar social-democrata, é surpresa na Administração Interna e Paulo Macedo (ex-director-geral das Finanças) na Saúde.
Passos Coelho terá como ministros de Estado Vítor Gaspar e Paulo Portas.
Eis a composição completa do novo Executivo:
Pedro Passos Coelho (primeiro ministro)
Paulo Portas (Estado e Negócios Estrangeiros)
Vítor Gaspar (Estado e Finanças)
Álvaro Santos Pereira (Economia)
José Pedro Aguiar-Branco (Defesa)
Paula Teixeira da Cruz (Justiça)
Miguel Relvas (Assuntos Parlamentares, Autarquias e Desporto)
Miguel Macedo (Administração Interna)
Paulo Macedo (Saúde)
Nuno Crato (Educação e Ensino Superior)
Pedro Mota Soares (Segurança Social)
Assunção Cristas (Agricultura, Ambiente e Território)
Marques Guedes é secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Carlos Moedas secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro e Francisco José Viegas secretário de Estado da Cultura."

(SOL)

               O novo governo comporta onze ministros, tal qual o número de elementos que constitui  uma equipa de futebol. Por agora, apenas três secretários de estado ocupam o banco de suplentes, porém, a época das contratações ainda não chegou ao fim e quando isso acontecer o plantel vai estar completo.

               Treinador novo, vida nova. Só a casa continua a mesma, isto é, em estado de ruína iminente, no limite da implosão total , a requerer intervenção imediata a custo de milhões de milhões que hão-de vir de fora para pagar cá dentro; ainda que a língua, em vez de vinte e dois centímetros de palmo, venha a atingir cento e cinquenta, do metro e meio. Por "todos nós", claro, que "eles" (já todos o sabemos) estão acima (e por cima) do prejuízo. Os pobres que paguem a crise, diz o aforismo popular.

               Passos, à primeira vista, fez o que devia e os eleitores pediram nas urnas: viu, separou, conversou, gostou e abraçou. Atirou pela janela o velho, o carunchoso, o corrompido, refrescou as paredes substituindo as molduras antigas ali expostas e colocou, nos lugares de maior destaque, rostos onde não consta o "PROCURA-SE", (vivo ou morto)... Breve, o Presidente da República porá a chancela na folha que Passos lhe apresentará e a máquina entra em movimento, para alcançar a meta sem saber onde ela está...

               Apanhados de surpresa  (como aconteceu no deflagrar da crise económica mundial em 2008) os comentadores e politólogos que, se se juntassem, ocupariam por completo o tabuleiro da ponte Vasco da Gama), parecem abelhas tontas na fumigação do cortiço à procura de uma saída que não conhecem, vagueando pelo nevoeiro desesperados como morcegos em pleno dia.- Muita juventude, sem experiência na "coisa pública" , inadquação do curriculo académico à função que vão exercer-, e mais isto e mais aquilo, pois sim, mas...

               Por mim, cidadão comum e com mais anos já vividos do que os que ainda me restam, considero a decisão corajosa e ajustada a do Primeiro-Ministro indigitado, rodeando-se de técnicos reconhecidamente competentes  mais atreitos a fazer do que a dizer, livres das peias partidárias e dos jogos da intriga e do carreirismo a qualquer preço, na pujança das suas capacidades intelectuais e, espera-se, sem objectivos no horizonte imediato, isto é, livres. Sujeito como está, o país, ao cumprimento estrito das regras impostas de fora a competência técnica vai ser, é primordial. O resto, é da competência do Parlamento...

               Pior do que as medidas que se anunciaram e outras que a breve tempo viremos a saber é a intoxicação da opinião pública pelos fazedores de notícias e comentaristas condicionados por interesses privados, pessoais ou outros. Se não prevalecer o bom senso nos meios informativos e os interesses privados se sobrepuserem ao bem de todos, não tenho dúvidas de que, não obstante os atletas e o seu treinador  serem capazes de dar o seu melhor, a descida ao escalão inferior será, seguramente, garantida.

              
              

             

              

             

             

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