À esquerda: João Rebouço, a esposa ao centro e eu a seguir.
Eu e o João Rebouço (Paulinho) fomos companheiros na Escola Primária de Lanheses, por volta do ano 1942/3 e, em parte, nos seguintes, se bem me recordar. Ambos naturais e com família na terra onde nascemos, demo-nos sempre bem e não recordo qualquer incidente menos amigo que tivesse ocorrido entre nós.
Com a 4.ª classe no diploma, cada um seguiu o seu rumo de vida: o João, com idade ainda precoce, imigrou para Lisboa onde veio a estabelecer-se com um restaurante no Largo do Rato ao lado da sede do Partido Socialista (PS). Eu, fiquei por cá, em Lanheses, com matrícula no então Liceu Nacional de Viana do Castelo, depois de ter sido aprovado com "Distinção" no exame de admissão.
No primeiro ano constatei que era "carta fora do baralho" num ambiente que me pareceu hostil (aldeão versus citadinos) face às diabruras que tive que suportar, tendo, contudo, passado de ano. No segundo, a história foi bem diferente, a partir do dia em que um tal Aprígio, de Barroselas, que viria a ser atleta do União de Coimbra onde estudava na Escola Agrícola, companheiro de turma, me desafiou a acompanhá-lo ao atual Bairro de Valverde, a norte do Cemitério de Santo António, para jogar futebol com a rapaziada sem ensino nem ocupação. A seguir, faltas às aulas, atraso no estudo, nota de fim de ano: reprovado (a vermelho).
Não me foi concedida pelo meu pai a repetição, pelo que retomei a vida quotidiana segundo as determinações do meu progenitor. Abreviando:
Com mais idade:
Concluído o Curso obtido na Escola Industrial e Comercial de Viana do Castelo, entrei na função pública depois de um ano no escritório da empresa Lacto Lima, na altura em Santa Comba, freguesia do concelho de Ponte de Lima, como funcionário administrativo, iniciando depois uma carreira de serviços que durou trinta e seis anos, em sequenciais categorias, diferentes concursos, e várias escolas, tendo cessado a atividade pública como Chefe de Serviços Administrativos na Escola Secundária EB 2,3/ S, na Vila Histórica de Lanheses., a terra da minha naturalidade.
Nas deslocações de serviço feitas a Lisboa para formação de monitor de concursos de pessoal administrativo e no decorrer do serviço militar obrigatório que cumpri em Campolide e na Cruz Quebrada, almocei ou jantei no "Tacho" o restaurante do meu amigo e conterrâneo João Alves de Castro Rebouço, onde, como é óbvio, tínhamos conversas sobre a vida de cada um com preferência sobre a nossa terra comum. Seguiu-se, a partir daí, um interregno nos nossos encontros por uma período muito alargado de anos...
...o qual foi cortado no feriado concelhio do dia vinte do corrente mês de agosto, com um encontro no BAR da Casa do Povo da Vila Histórica de Lanheses, com o Amigo feito no ensino primário e sustentado até agora, JOÃO REBOUÇO (O PAULINHO), que me apresentou a sua esposa, cujo nome não interiorizei, e nos despedimos num abraço cordial e sentido com votos recíprocos de saúde e e de bem estar.
Foto e texto.
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