sábado, 6 de julho de 2024

PEGAS RABILONGAS NÃO SÃO POMBAS OU ROLAS

 


Uma pega rabilonga,

de sexo não apurado,

Andava já meia tonta 

Por há muito estar fechada.

Farto de a aturar

Deu-lhe o dono liberdade;

A pega, a tagarelar, 

Bateu asas à vontade.

Grasna aqui, parla acolá,

dias e meses buscou

um irmão ou uma irmã 

do ninho com quem andou.

Depois de dar muitos voos,

Ouviu outra pega a grasnar,

foi na direção dos sons 

E conheceu o seu par.

Depressa fizeram filhos 

cada ano a multiplicar;

Foi um bando de sarilhos 

Que vieram provocar.

Espertas e atrevidas,

Escolhem o que roubar 

Voando, descontraídas,

de lugar para lugar.

Há ninhos por todo o lado,

Cada ano traz mais pegas,

E se não houver cuidado 

hão-de contar às dezenas.

Rabilongas, no passado,

Faziam ninhos no monte;

Desceram ao povoado

P'ra roubar o que encontrem.

Ah! pegas de uma figa!

Tivesse eu pontaria,

Com uma pedra na fisga

Punha fim à vossa vida.

.

 


06/julho

Remígio Costa



 

 

 


 

 



 

 

 

 

 


 


 





 

 



 

 



 


 

 



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