MINHA ALDEIA, LUGARES MEUS
Santo Antão foi meu berço.
Na Corredoura cresci.
Na Igreja rezei terço,
Casal Maior aprendi.
No Outeiro fiz amigos,
Do Romão sempre gostei;
Seara, nos tempos antigos,
Muitas vezes lá andei.
Apanhei pinhas em Monte,
No Bacelo azeitona;
Bebi da água da fonte
Na Roupeiras tão risonha.
Depressa cheguei à Rocha,
A Bajouca está à beira;
Barreiro, pela encosta
Juntinho à Taboneira.
Da Devesa ao Sobral,
Ao Seixô chego depressa;
Há na Peitilha sinal
Onde a estrada começa.
Regresso pela Forcada
Deixo o Campelo p’ra trás;
Na Granja, sigo a estrada
Na Feira passo fugaz.
Ao descrever esta saga
Dos lugares por onde ando,
Guardei para o fim a Agra
E Lamas vou evocando.
Foi ali que namorei.
Na Agra fiz o meu lar:
Dois filhos eu lá criei,
Três netos tenho p’ra amar.
Maio, 2020
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