A MINHA ALDEIA JÁ FOI VILA
Lanheses, meu berço e meu recanto,
Torrão florido, paisagem de encanto,
Da Serra d’Arga ao Vale do Lima
É verde o Minho que o povo anima.
Nas recorrentes margens do rio Lima,
Onde corre a brisa e as aves chilreiam,
Navega a cópia dum água-arriba rio acima,
De vela quadrangular de vento cheia.
Em reprodução de vivência antiga,
A poeira da memória corporizou
Um cenário de vida mal vivida
Por angústias que o tempo originou.
Porque Lanheses outrora foi Vila,
Por decreto que a Monarquia exarou,
Deixando de ser concelhia
À condição de aldeia voltou.
Resta, apenas, o Pelourinho
Que atesta a proclamação
De um decreto mui mesquinho
Do governo da Nação.
Lanheses, porque a sua História comprova,
Entrou já na rota do progresso;
É, agora, mais culta, ativa e poderosa
Que lhe permitirá alcançar grande sucesso.
Remígio Costa, 03/julho
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