Pedi aos deuses para que me inspirassem...mas tambem eles nao tiveram palavras...Pedi
ao tempo que, por favor, reduzisse as minhas saudades...mas tambem o tempo se recusou.....
Pedi aos dias que me dessem,apenas umas horas para poder fantaziar as horas de alegria, passadas convosco,... mas chorei...
Mas tambem a eles pedi (aos dias
para guardar todo aquilo que de nos ninguem nos poderar fazer esquecer A Saudade!
Ficarao
para sempre na minha memoria!!! Um braco para ti Rogerio onde te
encontres e para ti Beija outro forte abraco. Mantei-vos alegres como
sempre. Do amigo (Sabies bem quem e...) ( Nao tenho outras palavras
senao usar as do Remigio Cos
José Manuel Correia Pinto
Louvo e
aplaudo a alegria contagiante do Rogerio. Lamento a tristeza da sua partida
Amigo como
ele acho que nunca tive ..
Rogério Gonçalves
Concordo plenamente,
grande Senhor e um grande Lanhesense ,na minha modesta opinião ,entre outros
feitos,considero o grande obreiro da UDL"
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UM NOME PARA O ESTÁDIO DO UD LANHESES
Tendo sido recentemente
objeto de obras de
remodelação e de colocação de um relvado sintético, que lhe confere um
novo e lindo visual,
o estádio do União Desportiva de Lanheses (UDL), precisa que lhe seja
atribuída
uma designação adequada à sua finalidade desportiva e, simultaneamente,
perpetue o
reconhecimento dos seus sócios e simpatizantes a quem tão devotada e
proficientemente trabalhou em prol do desporto em Lanheses,
designadamente, na modalidade de futebol.
Quem viveu e acompanhou de perto a vida desportiva, cultural
e social dos últimos cinquenta anos do século XX nesta freguesia e se proponha eleger
a figura que mais se tivesse salientado na ação e na dedicação às causas a que
se entregava, só uma se destaca pela sua participação interventiva fundamental,
e por tanto tempo, como foi o cidadão ROGÉRIO PIMENTA AGRA.
Nenhum outro a ele se pode
equiparar no espaço e no tempo que atrás se menciona.
Não há qualquer exagero na afirmação de que o futebol em
Lanheses andou "às costas" do Rogério Agra na segunda metade do
século passado!
Ainda muito jovem foi o principal responsável pela compra dos primeiros
equipamentos para se retomar a prática de futebol amador em Lanheses,
depois da extinção do campo dos
Seixos, no lugar do Romão. No âmbito da Casa do Povo sob a presidência
de Francisco Dias de
Carvalho, assegurou anos a fio a participação do G.D. Casa do Povo de
Lanheses
em jogos das provas organizadas pela antiga F.N.A.T, hoje INATEL. Foi
atleta, dirigente, treinador,
massagista, angariador de fundos e patrocinadores, encarregado da
deslocação de jogadores no
seu transporte pessoal, quando necessário, responsável da propaganda e
relações públicas; contratou equipas e organizou torneios, convidou
jogadores e
treinadores para o plantel; nunca os abandonou quando lesionados usando
dos seus conhecimentos
junto de altos dirigentes e de profissionais com experiência obtida no
acompanhamento de atletas de alta competição para serem consultados e
tratados pelos médicos do Clube, gratuitamente.
Participou empenhadamente na reconstrução nos
Cotarelos do campo pelado da Casa do Povo, e beneficiando de uma grande
amizade recíproca com José
Fernandes, convenceu este a patrocinar o
levantamento da estrutura inicial do campo e dos balneários
subterrâneos, a qual, sem a influente e decisiva ação do
Rogério Agra, dificilmente naquele tempo se concretizaria.
José Fernandes foi (muito) importante para o UDLanheses,
porque existia Rogério Agra!
Em 1973, O Rogério foi quem mais se empenhou na filiação do Clube nas estruturas
do futebol federado, sendo um dos fundadores do UDL., continuando a assumir
responsabilidades de encargos contraídos com as obras como dirigente, como treinador e
atleta.
Para além do futebol o Rogério Agra teve uma imensa
participação de âmbito cultural na comunidade; no teatro, como ator de
dotes raros inatos era primeira figura em dezenas de peças, foi ainda
encenador
e responsável pela organização e qualidade do grupo contratando
profissionais com experiência na arte de Palma.
Interveio no folclore criando os festivais de inverno,
angariou financiadores e subsídios camarários; foi o principal
responsável pela internacionalização do Rancho Folclórico da Casa do Povo
quando levou o grupo numa inédita deslocação ao Brasil que durou cerca de um mês.
Exerceu as funções de presidente da Casa do Povo, esteve no
executivo da Junta de Freguesia por várias vezes, e noutras integrou a Assembleia de
Freguesia e a Municipal.
O Rogério foi uma figura proeminente na sociedade em
que
viveu. A sua maneira alegre e amável de se relacionar com os outros, a
sua
disponibilidade e generosidade inatas, incutia nos seus conterrâneos uma
sensação de
que era um amigo a quem poderiam recorrer num aperto ou numa dificuldade
enredosa. A
ele se dirigiam para desbloquear ou agilizar na Câmara Municipal um
processo de obras, para
abonar como testemunha numa querela na justiça, para um internamento
hospitalar de urgência, fosse em Viana ou no Porto, para transportar a
qualquer hora do dia ou da noite, numa emergência, um doente para ser
tratado gratuitamente por médico
amigo e famoso seu conhecido. Quem não o convidava para estar presente
numa boda, num
batizado, num convívio ou ajuda humanitária?
Todas as referências aqui feitas à personalidade e
à participação na sociedade lanhesense do
Rogério Pimenta Agra, estão na memória de alguns que o conheceram e com ele
de perto conviveu. Não se trata de descrever o seu currículo porque aquilo que aqui se
aponta é apenas uma deficitária biografia de algumas das suas múltiplas
ações e capacidades de liderança e de intervenção na comunidade de que fez parte.
Lanheses deve-lhe uma homenagem e nenhuma outra será
mais justa
e apropriada do que dar ao Estádio do UD
Lanheses o nome de Rogério Pimenta Agra. Os vindouros têm o direito de
conhecer os voluntários fazedores da História da freguesia que lhes
pertence.
"A ingratidão é o mais horrendo de todos os pecados" -
Alexandre Herculano.
PS.-Recentemente, tomei conhecimento através de notícia do semanário
vianense "A Aurora do Lima", que o eng.º Vítor Lemos, natural da vila de
Barroselas, vereador e segunda figura da Câmara Municipal de Viana do
Castelo nos mandatos de José Maria Costa, havia sido laureado pelos seus
conterrâneos numa homenagem de gratidão pela sua decisiva e relevante
participação no desenvolvimento da terra da sua naturalidade. É normal
que os barroselenses se sintam agradecidos pelos benefícios obtidos no
consulado do operoso Vereador, e outras freguesias do concelho serão
certamente devedoras da sua eficiente e isenta generosidade, mesmo que o
laureado mais não fizesse do que a sua obrigação como detentor de um
pelouro público com influência administrativa e alargado poder de
decisão, o que, em tudo, se diferencia da vida e obra por Lanheses do
benemérito cidadão Rogério Pimenta Agra.
Há, felizmente, em Lanheses, ainda muitos conterrâneos nossos que não esquecem e respeitam a memória de Rogério Pimenta Agra, e reconhecem o seu legado prestado à comunidade lanhesense, perfilhando opinião de lhe ser prestada a merecida e devida homenagem. Não se entende a razão da indiferença e a passividade daqueles a quem competiria gratificar e memorizar as figuras que deixaram obras e ações meritórias em prol da nossa comunidade, e sejam ignorados e votados ao ostracismo perpétuo.
No decorrer da minha já longa vida toda ela vivida nesta Freguesia que aprendi a amar e a conhecer o seu povo, não recordo ou nem tive a sorte e o prazer de conviver com outro conterrâneo como foi o meu Amigo Rogério. Admitindo que possa haver quem discorde desta opinião, que é um direito que assiste a qualquer cidadão, convido-o(s) a tornar pública a individualidade a quem reconhece mérito bastante para que ao estádio do UDLanheses não seja dado nome distinto de ROGÉRIO PIMENTA AGRA, que em vida tudo fez para o merecer.
Remígio Costa