segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

RODODENDRO DECRÉPITO EM VIAS DE FLORIR

     
   É como se fosse um esqueleto com um coração a bater e lhe faz circular na carcaça a seiva revitalizadora que lhe garante a vida, a um decrépito rododendro (*), seguramente centenário, existente no jardim particular da Casa do Paço (TH), propriedade dos Condes d'Almada, em Lanheses, Viana do Castelo. Não obstante a visível degradação da parte maior que ainda resta do enorme arbusto, é deveras surpreendente que, na ponta de um dos seus ramos cresça avantajado tufo de folhas onde brotam botões de futuras flores. 

   Pelo ambiente que o rodeia onde se desenvolveu, é facilmente constatável que este rododendro não teve atenção ou tratamento especial para lhe prolongar a vida, a não ser as podas sazonais e o corte de ramos secos. Desenvolveu-se naturalmente à sombra de uma japoneira gigante, cruzando os longos ramos com os que estão mais perto do solo da sua protetora. Ali, passou por ele a vida de algumas gerações, floriu, envelheceu, envelhece ainda com insistente teimosia em disputar com o Pelourinho da antiga Vila Nova de Lanhezes, levantado poucos metros ao lado, o honorífico título de mais antigo e  prolífero ancião da freguesia.

   Esqueleto, mas não morto!




 (*)
(O rododendro é a designação comum às plantas do gênero Rhododendron, da família das ericáceas, que reúne mais de 1000 espécies, entre elas as azáleas. Existe também o rododendro em Bonsai. São plantas arbóreas ou arbustivas, com algumas epífitas, nativas das regiões de clima temperado do hemisfério norte. Wikipédia)

Fotos: doLethes
Remígio Costa

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