Esta manhã de sábado passava mais gente na ponte romana de Ponte de Lima do que água no rio que lhe deu o nome a correr pelos arcos visíveis que a formam; e a montante e a jusante as tendas brancas da sua procurada e celebérrima feira quinzenal, parecendo uma, enorme, semelhava um grosso caudal de inverno prestes a invadir a zona pedonal pejada de festeiros fiéis e turistas de deslumbrados.
São as Feiras Novas tão velhinhas que fazem da "vila mais antiga de Portugal" "rebentar pelas costuras" o invulgar fato secular justinho do tecido urbano em que recebe e acolhe a mole incomensurável dos seus admiradores visitantes neste tempo de festa.
A areia que o passar do tempo vai condicionando a vontade do andar por recusa das pernas em suportar tais andanças, faz esmorecer a vontade a quem a carga está perto do limite. Só uma boa e convincente razão me levaria a arriscar envolver-me hoje, ainda que no início da manhã, no fervor da multidão com que deparei na medieval ponte ex-libris da Vila que dispensa o foral de cidade pelo que lhe outorgou a Raínha D. Teresa como vila: juntar a histórica ponte e o novo "Bicaninhas", o barco original construído pelo nosso conterrâneo Caninhas a partir de duas pirogas monóxilas, recentemente formalmente batizado, fundeado junto dela, em retrato para a posteridade.
Quem (ainda) não teve oportunidade de fazer uma ou mais fotografias das três velas triangulares com bandeiras hasteadas, veja o que teria feito como muitos outros com que hoje deparei a guardar no telemóvel uma das boas atrações das popularíssimas Feiras Novas espelhado na água da pista de treinos de futuros campeões limarenses como Fernando Pimenta.
Ora vejam:
Fotos: doLethes
Remígio Costa
Coisas lindiçimas como as suas fotos maravilha
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