APANHAR PELA MEDIDA GRANDE.

          A crise deveria ser paga por quem a criou e estes não foram, seguramente, aqueles que agora mais a vão sentir na pele. Os seus directos responsáveis não se cansam de propalar aos quatro ventos que Portugal está a caminho da bancarrota e TODOS temos que pagar pela situação a que a sua incompetêncianos conduziu.

          Se os muitos milhões de euros que da União Europeia, ao longo de muitos anos, chegaram a Portugal para fazer desenvolver e aproveitar os nossos muitos recursos naturais tivessem sido investidos para os fins e da forma mais adequada para que foram criados, hoje teríamos chegado a patamares de riqueza que nos colocariam a salvo deste difícil momento que a economia atravessa.


          Pelo que a seguir, resumidamente, se insere não restam quaisquer dúvidas sobre quem recai o ónus da culpa das asneiras e delapidações que outros fizeram.

          I.V.A - a partir do próximo ano, passa de 21 para 23%. Alguns dos produtos tributados a 6 e 13%, deverão chegar aos 12%.


          SALÁRIOS DA FUNÇÃO PÚBLICA - baixam 5%, em média, acima de 1500 €;

          CONGELAMENTO DE PENSÕES em 2011. não ficando claro se abrange ou não as mais baixas;

          ABONO DE FAMÍLIA, acabam os 4º e 5º escalões (rendimentos acima dos 8 803€). Os mais pobres, dos 1º e 2º escalões, perdem 25%. Não há corte no 3º.

          EXAMES MÉDICOS MAIS CAROS, diminuição dos encargos com medicamentos, meios auxiliares de diagnóstico (análises ou radiografias);

          RENDIMENTO DE INSERÇÃO SOCIAL, cai 20%, em 2011;

          CORTE NAS TRANSFERÊNCIAS para o ensino (Universidades), Instituições, Autarquias e Regiões Autónomas;

          INVESTIMENTO PÚBLICO, congelado, com reflexos no emprego;

          A.D.S.E. e CAIXA-GERAL DE APOSENTAÇÕES, mais 1% de desconto (passa de 10 para 11%);. Haverá medidas adicionais para diminuir os encargos com a ADSE;

          DEDUÇÕES FISCAIS, a partir de 2011 é fixado um tecto global para o montante a deduzir. As despesas com a saúde passam a ter um limite nas deduções;

         TAXAS E MULTAS, vão ser revistas e aumentadas as taxas em vários serviços públicos;

         SUBIRÃO OS DESCONTOS PARA A SEGURANÇA SOCIAL.

        Compare-se, agora, o salário mínimo nacional com os de alguns países da União Europeia:

                        - Irlanda................. 1 462 €
                        - Holanda .............. 1 408 €
                        - Polónia ...............    321 €
                        - Bélgica ...............  1 388 €
                        - França ................  1 334 €
                        - Luxemburgo .......   1 683€
                        - Grécia ...............      863 €
                        - Espanha ............     739 €
                        - PORTUGAL ......     554 €
   
       E o pior de tudo é que, ainda segundo algumas vozes de ditos "experts" na matéria, este verdadeiro saque à miséria em que muitos cidadãos portugueses estão a atravessar, não vai resolver, ou sequer atenuar, a cova em que nos querem enterrar.

      Valha-nos que, conforme está amplamente provado, a maior parte deles sabe menos de economia do que um papagaio amestrado sabe falar chinês.