Cinco anos era o tempo previsto pelo mentor do inovador projeto de contenção da progressiva erosão da margem direita do rio Lima, testado no espaço compreendido entre o sítio da Passagem e a ponte de Edgar Cardoso, para que se conhecesse a afirmação ou negação da obra efetuada . A previsão do eng.º Pedro Teiga, o ideólogo criador do método inspirado na sabedoria empírica dos antigos lavradores resultou positiva, senão (ainda) integralmente, mas passível de poder vir a ficar consolidada no correr do tempo.
A Junta de Freguesia tem vindo a envidar os cuidados possíveis para dotar o Parque Verde e a zona envolvente de que o Lima necessariamente faz parte, para dotar e manter o idílico local com condições essenciais para os disponibilizar a quem lá gosta de ir e estar. Fez um trabalho de corte "barba e cabelo", abriu a visão ao rio e à ponte, aparou, limpou vegetação daninha, e promete completar o que ainda pode (e deve) ser melhorado.
Está tudo aqui no texto e em registo fotográfico que tenho o gosto de aqui divulgar.
"Mais uma etapa do projeto
de consolidação da margem do Lima, em Lanheses"
"Quando em dezembro de 2014
arrancaram as ansiadas obras de conservação da margem do Lima, em Lanheses, a
erosão avançava 1 a 2 metros por ano e ameaçava fazer desaparecer a marginal,
entre a Avenida do Rio e a ponte.
O projeto de conservação da
margem, elaborado em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente, a ARH-norte
e a Junta de Freguesia de Lanheses era ambicioso e inovador. Propunha-se conter
a erosão da margem numa extensão considerável, num troço do rio com grande
largura e dinâmica fluvial, utilizando uma combinação de técnicas correntes de
engenharia, recorrendo, pontualmente, ao uso de pedra e de técnicas de
engenharia natural e ecológica, que usam a vegetação como meio de conservação.
Foram tantos os que consideraram
que o projeto estava condenado ao insucesso como aqueles que o elogiaram e
fizeram de Lanheses um exemplo a seguir, como referiu o Secretário de Estado do
Ambiente de então, Dr. Paulo Lemos. Passados cerca de 5 anos a razão está
claramente do lado dos que acreditaram no projeto e o defenderam, como se pode
ver atualmente no local.
Nos últimos dias cumpriu-se mais
uma fase desse projeto: a desramação das árvores que rebentaram da estacaria e
entrançado vivo.
Tal como tinha sido idealizado
pelo Engº Pedro Teiga, mentor e coordenador do projeto, quando as árvores
atingissem um desenvolvimento de 4 – 5 metros, elas teriam um sistema de raízes
suficientemente desenvolvido para impedir que as areias da margem fossem
levadas pelas águas.
Ao retirar os ramos mais baixos
dessas árvores o espaço fica muito mais amplo e o rio visível em toda a
extensão do percurso na margem. A vegetação continua a desempenhar o seu
importante papel e os lanhesenses e visitantes podem usufruir da paisagem
natural magnífica que temos a privilégio de ter na nossa terra.
No verão passado procedeu-se ao
reforço das 2 pequenas praias que permitem o acesso aos banhistas. Nesses
locais e numa zona mais a montante, perto do cais, o rio continua a erosão. É
por este motivo que temos de continuar o esforço de preservar a margem e não é
possível, ainda, alargar a praia em areia, como muitos reclamam.
A prioridade continua a ser
impedir que a erosão destrua a margem do Lima, em Lanheses, mas isso não nos
impede de desenvolver o local para o tornar mais agradável, como acontecerá
brevemente com a instalação de bancos, caixotes de lixo e remoção de
embarcações em fim de vida.
Visitem a margem e o Parque
Verde, usufruam de uma paisagem de excelência e respeitem a natureza."
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