sábado, 23 de maio de 2020

(23)FIGURAS E FACTOS DA HISTÓRIA DO FUTEBOL LANHESENSE





(23)FIGURAS E FACTOS DA HISTÓRIA DO FUTEBOL LANHESENSE 


       1.-EXTINÇÃO DO GDCP E DO FUTEBOL CORPORATIVO, EM LANHESES.


            1.1.-ÚLTIMA CONVOCATÓRIA

                     Em 10 de novembro de 1973 foi remetida à Delegação da F.N.A.T., aquela que terá sido a última relação dos jogadores inscritos pelo Grupo Desportivo da Casa do Povo de Lanheses (GDCPL), com vista à inscrição da equipa no campeonato corporativo distrital de Viana do Castelo, da qual não há registo que confirme a participação na prova. Dela fazem parte os seguintes elementos: António José Pinto de Castro Agra, Artur Alves do Vale, Francisco Franco da Silva, Francisco Franco de Sousa, José Alberto Lima Rebouço. José Agra Gomes Júnior, Luís Francisco Agra Gomes, Manuel José de Sousa Pereira, Remígio Manuel Silva da Costa, Rogério Dantas Rio e Rogério Pimenta Agra.


                   Os apontamentos coligidos por Rogério Dantas Rio que serviram para a descrição dos factos e figuras dos episódios relatados, terminam com a frase “Não existem mais referências à atividade do Grupo Desportivo da Casa do Povo de Lanheses nos arquivos desta”. (sic)



      FUNDAÇÃO DO UNIÃO DESPORTIVA DE LANHESES (UDL)


      Em 18 de setembro de 1973, é fundado o União Desportiva de Lanheses (UDL).


       Tendo sido criada a Associação de Futebol de Viana do Castelo (AFVC), o jornalista vianense Afonso do Paço, um dos seus promotores, com quem eu mantinha relacionamento de contactos sociais e de colaboração informativa com o Jornal de Notícias (JN) de que ele era delgado em Viana do Castelo, abordou-me no sentido de organizar em Lanheses um clube para integrar a novel Associação distrital. Por falta de disponibilidade de tempo livre e porque entendia ser improvável constituir um clube federado numa freguesia com escassez de meios materiais e humanos, sugeri-lhe que apenas conhecia uma pessoa capaz de liderar a iniciativa e concretizá-la com sucesso: ROGÉRIO PIMENTA AGRA. Afonso de Paço aproveitou a “deixa” tendo conseguido entusiasmar o dinâmico e influente empresário Lanhesense, o qual, obtendo a colaboração de alguns entusiastas e companheiros no desporto local, e particularmente do amigo JOSÉ ANTÓNIO FERNANDES, que se havia fixado na freguesia vindo de Angola e do Congo belga onde desenvolvera e mantinha atividade consular e relações comerciais, logrou constituir o processo da fundação do primeiro clube federado da freguesia de Lanheses.






               O CAMPO DE JOGOS DOS CUTARELOS 


     Após a fundação do Clube seguiu-se a remodelação e a subsequente melhoria das instalações do campo de jogos dos Cutarelos, a que tinha sido dado o nome desadequado e infeliz de “Estádio 15 de agosto”, tendo-se procedido à regularização e nivelação do piso, ao levantamento de muros de vedação do espaço envolvente, à construção de balneários submersos no topo sul e de uma bancada coberta no lado ocidental.



      O terreno ocupado era (inicialmente) constituído por três propriedades rústicas pertencendo, uma situada no topo norte, à Casa do Povo por compra a António do Souto; outra pequena parcela situada no lado nascente pertencente a Francisco Alves de Sousa passou para a posse do Clube por ação (e pagamento?) do presidente António José Fernandes; a terceira, cerca de 70% da área total do espaço, pertencia à família de José Maria Alves Afonso de Araújo e à sua mulher Rosália Franco de Castro, cedida em regime de aluguer. Depois de algumas décadas de uso sem cumprimento do pagamento da renda fixada, foi, por ação do presidente do Clube José Pereira, obtida uma conciliação pacífica firmada em 2012, com a família dos Araújos, a qual, acordou a cedência da propriedade sem encargos ao União Desportiva, sendo-lhe atribuída em homenagem de reconhecimento e gratidão a qualidade de “sócios beneméritos”, perpetuada numa placa colocada à entrada do estádio.

 

           Na frontaria do Estádio está também colocada uma placa cujo conteúdo redigi, respeitante ao primeiro presidente e sócio de mérito do União Desportiva de Lanheses, numa homenagem da direção, dedicada a JOSÉ ANTÓNIO FERNANDES, “dinâmico obreiro e grande amigo de Lanheses”.

   





 NOTA DO AUTOR: Doravante, as descrições aqui feitas serão baseadas exclusivamente no meu conhecimento direto dos factos e em testemunhos e entrevistas  que vierem a ser colhidos entre personagens diretamente ligadas aos assuntos abordados.

 (Continua)



Remígio Costa

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