Estão a chegar as 17 horas e o termómetro marca 37º Fahrehneit(!). E o verão chega amanhã! Esturrica-se ao sol e, sendo sábado, são poucos os que arriscam botar sandálias e chapéu de sol na cabeça para pôr um pé fora da porta. Apesar disso, no Parque Verde vive-se o silêncio dos cemitérios e à sombra dos carvalhos junto ao rio três criaturas conseguem conversar sentados no mesmo banco sem ter a bejeca fresca ao lado! Do outro lado vem o som de vozes de gente à procura de um fio de frescura talvez mas na água não há viv'alma que confirme tal eventualidade. E peixes, andarão por ali?
Bendito o sol, a sombra, a chuva, o vento, a calmaria, a tempestade, a bonança. Na dose adequada, de preferência.
Bom é o sol que é bem dos pobres
e nasce todos os dias para ser de todos,
Não só dos nobres,
Poderosos e ambiciosos
que como os tolos, insensatos,
acumulam seus bens preciosos
esperando levar com eles para a tumba,
além dos sapatos e da carcaça imunda,
talvez um terno,
para tentar apagar no Inferno
o fogo das labaredas voluptuosas
que lhe hão de converter a alma em farrapos.
FOTOS doLETHES
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