quinta-feira, 5 de setembro de 2013

FICHA TÉCNICA DA RÉPLICA DE PIROGA MONÓXILA CONSTRUÍDA PELO "CANINHAS".

               


             Concluído com sucesso o projecto da construção da réplica do barco água-arriba, uma típica embarcação de um  mastro e vela quadrangular redonda que navegou nas águas do Rio Lima até meados do século passado, Manuel João Castro Franco da Rocha, o Caninhas, hábil artesão natural desta freguesia, decidiu abraçar nova iniciativa  lançando-se com o mesma determinação e empenho na construção de uma piroga monóxila (esculpida num único tronco de árvore), que pudesse replicar os originais descobertos em 2002, por Francisco Pinto Agra, na margem direita do Rio Lima, no sítio da Passagem, as quais foram datadas em cerca de 300 anos a.C.

               As diligências para a concretização desta nova iniciativa, que teve como a anterior o incentivo encorajador da Junta de Freguesia, principiaram há mais de uma ano com a procura de um tronco com condições próprias exigidas para a embarcação que se pretendia. Uma primeira escolha viria a ser rejeitada porque a árvore encontrada estava interiormente apodrecida. Por coincidência, algum tempo depois, foi abatido por razões de segurança junto à estrada 202 (Viana do Castelo-Ponte de Lima) no lugar do Romão um carvalho do norte de grande porte pelos serviços camarários,  o qual, depois de seccionado e verificada a sua prestabilidade pelo Caninhas para a talha da antiga embarcação, foi obtida a cedência gratuita do tronco por parte da entidade pública envolvida.



              A construção da réplica de piroga decorreu no logradouro da moradia do Manuel João por períodos de tempo alternados com outros afazeres que o ocupam no seu dia a dia, como o da pesca desportiva que é, também, uma das suas paixões predilectas, segundo a sua disposição e disponibilidade, estimando o artesão ter utilizado cerca de 250 horas a modelar o tronco, que, na sua forma final tem de comprimento 5,36 metros, a sua maior largura é de 80 cm (+-), sendo o seu peso estimado em 400 kg. Para desbaste do material excedente foi usada a enxó redonda (côncava) tradicional da arte de carpinteiro e uma serra manual eléctrica para "quebrar" as arestas do aparelhamento do tronco na serra da fábrica onde foi cortado na medida. Foi aplicado no casco um tratamento final usando gasóleo normal.

               Despesa total estimada: 200€! 



               O gasto acima referido não inclui os que derivaram da utilização das viaturas do Caninhas nas deslocações a que foi obrigado por força das exigências da construção, nem com os testes prévios efectuados no Rio para confirmar a navegabilidade da piroga e no seu transporte para o local no dia da inauguração. Há, ainda, que tomar em consideração as medidas que terão que ser tomadas no futuro no que concerne aos cuidados a ter na preservação da piroga especialmente nos efeitos que os raios solares podem causar na saúde da estrutura.

               Fica, deste modo, registada a história da réplica da piroga monóxila cujo baptismo teve lugar pelas 17:30h do dia 1 de Setembro, tendo a apadrinhá-lo o campeão olímpico de canoagem Fernando Pimenta.



               Recorrendo-me das palavras de circunstância proferidas no momento pelo presidente da Junta de Freguesia, Ezequiel Vale, "a gente de Lanheses fala e, o Caninhas, faz".


1 comentário:

  1. o Caninhas faz; so que nao à um comentàrio de agradeçimento; ou ao menos um bravo,jà pareçe quaze uma obrigaçao parbens ao caninhas um imigrante

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