quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A FEIRA QUINZENAL NAS ELEIÇÕES

            Ambos os partidos concorrentes à Junta de Freguesia incluíram nos respectivos programas referência à feira quinzenal, que se vem realizando há já muitos anos na freguesia de Lanheses. Na proposta de Ezequiel Vale anuncia-se a criação de um espaço para a instalação definitiva do certame, situando-se o local junto à estrada nacional 202, logo à saída, para poente, do Largo Capitão Gaspar de Castro (Benemérito), em terreno pertencente à Casa de Almada. O cabeça de lista dos Cidadãos Independentes, Zé Manel, propõe-se reinstalá-la no referido Largo, local de onde saiu no seu mandato, por força das obras de requalificação que aí se realizaram mudança que, nessa altura, se considerou como o lugar definitivo e apropriado, pelo que o assunto nunca mais foi abordado.
            A procura de um lugar definitivo e com condições ajustadas àquele fim é a melhor solução. O local, perto da área mais povoada de estabelecimentos comercias, tem vantagens e reduz alguns inconvenientes que decorreriam da ocupação quinzenal do Centro Cívico, ainda que esta seja por curto período de tempo (a feira, tradicionalmente, só decorre no período da manhã). Esta é, contudo, uma solução necessariamente mais demorada, que exige negociação de cedência do espaço e investimento razoável, mas, conhecendo-se a forma de actuar de Ezequiel Vale, pode arriscar-se a convicção de que o projecto já aprendeu os primeiros passos. Nunca anunciaria o local se não dispusesse de trunfos importantes.
            Acolho, porém, como alternativa provisória, a deslocalização imediata para o Centro Cívico. O local onde agora se realiza a feira não tem condições decentes e dignas, quer para feirantes quer para as pessoas que a frequentam. Não beneficia o Agrupamento Escolar, que nunca se terá conformado com a opção e perde em visibilidade que limita o seu desenvolvimento. É de assinalar a reconsideração do candidato Zé Manel sobre o assunto, uma vez que, sendo responsável pela mudança, nunca mais manifestou intenção de lhe mexer.
            Pessoalmente, sinto-me satisfeito por ver acolhida uma posição que, publicamente há muito venho a defender. Pode ser pretensioso da minha parte mas não descarto a possibilidade de à lista I ter sido "bufada" a ideia que expandi em conversa informal com amigos, alguns dias antes da campanha eleitoral, na avidez de cativar alguns votos para a sua eleição.
            Há, contudo, um aspecto muitíssimo importante que não está a ser considerado, o qual diz respeito à valorização e crescimento da feira. Nenhuma junta, até hoje, tomou qualquer medida, teve uma ideia inovadora, promoveu qualquer acção que visasse aumentar a importância comercial e explorasse o seu potencial económico e social. E, no entanto, há muitas acções que podem ser tomadas sem envolver quaisquer gastos adicionais, se se recorrer às valências que a própria população produz, reavivando nela o brio bairrista que é apanágio da gente de Lanheses.
            Tal como há anos defendi (talvez sozinho) a manutenção do posto de gasolina, actualmente desactivado, por lhe atribuir interesse para o comércio local em virtude da sua enorme procura e, consequentemente, atrair pessoas que  se abasteciam no comércio à sua volta (Lanheses era, então, um posto de abastecimento de combustível com casas à sua volta...), ainda mais convictamente estou seguro que a feira quinzenal pode, e deve, merecer a melhor atenção dos nossos autarcas. E, no campo das iniciativas criativas, toda a gente sabe quem à frente vai.

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