O Sol a tomar o pequeno almoço no seio de uma casinha de ouro.
A distância a percorrer na ida para a escola é curta e até uma criança habituada à cadeirinha do banco traseiro de um confortável automóvel não tem dificuldade em fazê-lo pelo seu pé. O ar fresco da manhã clara, com o sol a abrir as portas ao dia que começa, traz aos sentidos os cheiros ainda virgens da Natureza a despertar.
- Avô, vamos a pé?, diz a menina, numa vozita tépida de sono tão cedo quebrado, a contrastar com o trinar estridente de um melro em voo rasante sobre os dois caminhantes.
- Sim, disse o ancião, dispomos de tempo suficiente para lá estar antes da hora. É bom caminhar.
Caminharam os dois juntos, em silêncio, alguns metros e de novo se soltou, agora mais clara e nítida, a voz da criança:
- Avô, apetece-me comer pão. Compra-me um.
Da chaminé próxima saía o fumo branco da lenha que esquentou o forno onde o milagre da farinha se transforma em pão e, o perfume inigualável do seu cheiro misturara-se no mesmo ar que ambos respiravam.
Desta vez, o velho homem, não falou. Só o brilho dos seus olhos traiu a razão do seu silêncio.
Tinha garantido mais um dia feliz.
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ora!!!ora!
ResponderEliminarQuero desde já lhe dar os parabéns pelo excelente trabalho desempenhado neste blog. Fico feliz por ver pessoas que acompanham o dia-a-dia da nossa freguesia.
ResponderEliminarParabéns
Excelente texto! Parabéns e abraço!
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