De Arcozelo a Ponte de Lima não vi espaço livre para estacionamento legal de viaturas. Mas abundava a ocupação de locais preenchidos por automóveis que, em dias sem atividades festivas, os agentes da autoridade haviam de se esfalfar a passar convites aos proprietários dos carros para agraciar o património público com a quantia prevista na lei.
A partir de Além da Ponte, no início da velha (romana e idade média) já havia ajuntamento e música de rua. Ao longo da Ponte, em movimento e a obter fotografias, era já um canal onde fluíam grupos vestidos para o desfile das 15h e turistas a sacar fotos para formar álbuns para mais tardar aliviar saudades e comentar.
Na Praça de Camões havia já encontrões, isto é, circulações pedestres avulsas, tipo pára arranca, esquerda direita, em frente que ao lado há gente e quem não aproveita não fica contente. A custo, chega-se à entrada da Avenida dos Plátanos, mas é tão compacta a corrente humana vinda da sombra, que o melhor é dar meia volta para não ser atirado para cima de uma onda do tamanho das da Nazaré. No regresso, o caudal está (ainda) mais espesso, é a hora de passar o desfile folclórico o pessoal ladeia a rua sentado em cadeirinhas de praia a aguardar, pacientemente, a passagem da síntese dos costumes e tradições da comunidade limiana. Considerei que não fazia falta nenhuma ao voltar ao Largo sem espaço em pé; os ténis, desgastados, queixavam-se das pernas por não levantar os pés como devia. Voltei à Ponte, e sem olhar para trás, do que gostei degustei, e como não me dou muito bem com a lotação esgotada cedi o meu lugar e vim para casa.
Velhinha sempre linda e querida, a gente vê-se porque quem gosta sempre aparece.
Beijinhos, melhor que farturas.
Remígio Costa
Texto e fotos.
Sem comentários:
Enviar um comentário