sábado, 21 de maio de 2022

HAVERÁ RETOMA DA POPULAR FESTA DE SANTO ANTÃO

         


     Não estando constituída uma comissão de festas e ainda por não ter sido realizada nos dois últimos anos por força do cumprimento das regras legais referentes à pandemia do Covid-19, a tradicional festividade em honra de Santo Antão, que decorria anualmente em Lanheses no lugar com aquele nome, não tinha condições para se realizar, designadamente, na sua vertente popular. Contudo, numa decisão de última hora tomada corajosamente por um grupo de bairristas constituído ad hoc, a antiga tradição vai ser retomada com um programa sucinto que contempla ainda assim as vertentes religiosa e profana que identificam a típica festividade. 

         A celebração em honra de Santo Antão, orago dos animais, decorre no calendário católico no quadragésimo dia após a Páscoa, a qual coincide com a quinta-feira do Dia da Ascensão, data relevante para a Igreja Católica; noutros tempos, a efeméride fez parte do calendário dos dias santificados da Igreja Católica, passando depois para o domingo seguinte por extinção da qualificação religiosa atribuída à quinta-feira e da exclusão da data como feriado nacional. Não obstante, os lanhesenses mantiveram ainda por algum tempo o hábito de salvaguardar o respeito pelos dias santificados abstendo-se de praticar trabalhos próprios além dos da vida quotidiana.

      Das ações programadas para o evento constam a Eucaristia nos dias 26 e 27 de maio, 5.ª e 6.ª feira, a realizar na capela de Santo Antão, pelas 18:00h. 

      No recinto ouvir-se-á de 5.ª.feira até domingo, música gravada havendo ainda animação musical no sábado.

      Ainda no sábado, dia 28, a partir das 18:00h, os apreciadores do famoso cabrito e de sarapatel "à moda de Santo Antão" terão oportunidade de se refastelar na instalação do recinto com  os famosos pitéus, recomendando-se que atempadamente façam prévia reserva dos seus pedidos já que se prevê que a procura supere a oferta.

      A atual adesão popular à festa de Santo Antão pouco ou mesmo nada tem a ver com a que foi no passado. Recuando até às décadas de cinquenta e sessenta do século passado quando começaram a sentir-se os efeitos da emigração em massa pelo abandono da agricultura e consequente diminuição dos animais domésticos, desapareceram também os indispensáveis protagonistas beneficiários da benção bendita do protetor dos animais que lhes era dada no recinto no decorrer da missa campal. 

      De qualquer modo é de ressaltar a intenção de preservar os costumes e a tradição que os nossos antepassados nos legaram, mantendo a identidade e a história da terra onde nascemos.

      Que Santo Antão seja generoso para todos nós.

Remígio Costa 

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