quarta-feira, 12 de maio de 2021

REDESCOBERTA A FONTE DO CRELO DA CORREDOURA

                          Com está...
        

 

                                ... como estava.

      Há dois meses divulguei aqui o estado de degradação em que se encontrava a fonte do Crelo, situada no lado nascente do sopé da encosta do Lugar da Corredoura, a qual se encontrava então invisível porque soterrada sob um espontâneo e espesso manto formado por juncos e vegetação diversa. A presunção que eu havia formulado de que a fonte antiga e útil durante muitas gerações tinha caído no rol dos bens perdidos do património comum da freguesia, não teve concretização para meu contentamento e daqueles que preservam os bens do passado comum, designadamente, os residentes mais idosos do Lugar, perante o que me foi dado ver, agora, no local. Com efeito,  todo o espaço da fonte foi totalmente restaurado dando visibilidade ao conjunto dos elementos componentes da vetusta nascente do sítio do Crelo.

      Não recordo como era a fonte antes de 1945, era ainda criança, data inserida na pedra em arco da bica inscrita por baixo da designação "Junta da Freguesia de Lanheses", a qual foi parte  recuperada da que existiu no Largo da Feira, depois Largo Capitão Gaspar de Castro, Benemérito, juntamente com uma peanha para colocação dos cântaros entretanto desviada para parte incerta.... Mas, guardo bem viva na memória as vezes em que desci e subi o caminho íngreme com piso imprevisível de cerca de trezentos metros, com um cântaro de barro preto sobre a cabeça atestado com água da fonte para consumo doméstico, tal como os meus irmãos e demais habitantes da zona. 

      Pelas fotografias inseridas neste texto pode refazer-se mentalmente todo o cenário do local e dos elementos principais da fonte do Crelo, onde consta a antiga fonte de chafurdo primitiva, recorrentemente para os animais ao lado da bica da pedra abobadada mais recente, um pequeno tanque perto do principal onde se lavava roupa e as crianças se banhavam, e no lado esquerdo num patamar acima a entrada da mina donde provém a corrente da água, agora com porta e fechadura, de que recordo noutros tempos ter visto ali o que seriam trabalhos de prolongamento da mesma.

      Como acontece na maioria destas nascentes, o caudal decrescia no alto verão, sendo que também a seca atingia a Fonte do Crelo, o que gerava desconforto e situações conflituosas entre os que dela se serviam, as quais nem sempre eram cordatas e moderadas. Mas, são estórias que não se enquadram no tema que está na base deste comentário.

     (Nota: o trabalho está "em grosso". É de desejar que venha a ser acabado e "alindado")

Fotos: doLethes

Remígio Costa

                          Em fotografias:

                Acesso.

Elementos principais.

                   A peça em pedro que sobrou da extinta fonte do Largo Capitão Gaspar de Castro

                        Pormenor.



                                  Inscrições gravadas na pedra.
                                  Detalhe.
                         

                            Vista sem o lavadouro principal.


                                  Chafurdo.




                        O acesso atual não tem a ver com o que era no passado.(Troço parcial)

                                                                  FIM

1 comentário:

  1. E agora, esta ficar como antes e com a adição do cimento... tristeza, obra para ingles ver, e manter nada? vergonha de junta.

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