domingo, 21 de julho de 2019

BEM SUCEDIDO O INÉDITO DESFILE DOS VESTIDOS DE NOIVA.



    O desfile dos vestidos de noiva introduzido pela primeira vez no programa da FEIRA DE VERÃO, com que encerrou a atividade festiva no Largo Capitão Gaspar de Castro, terá deixado uma apreciação muito positiva na numerosa assistência que o presenciou e aplaudiu. Com efeito, a recuperação das formalidades do ato do casamento tradicional, e, sobretudo, a reposição da cerimónia realçando o vestido mais comummente usado pela maioria das nubentes, suscitou interesse acrescido entre os muitos casais presentes pela evocação da sua própria experiência e, certamente, não deixou de estimular a curiosidade das presenças femininas por poderem vir num futuro próximo a usá-lo no seu próprio enlace.

     E, sendo esta uma iniciativa inédita não surpreende que juntasse na placa do chafariz uma pequena multidão para assistir ao desfile das "noivas protagonistas", algumas das quais já com a experiência de a terem vivido na vida real, a encarnarem sobre a passadeira vermelha o papel solene do emotivo momento do enlace matrimonial.

    Foram trinta e cinco os modelos passados, aparentemente parecidos mas nenhum igual ao outro. O branco foi, naturalmente, dominante e apenas num caso foi usado o vestuário folclórico tradicional. Algumas "noivas" já eram casadas outras muito jovens para o ser. Várias, foram repetentes, algumas levaram junto a si filhos que, entretanto, nasceram. O mais antigo dos vestidos tinha sido usado no início dos anos setenta pela Clara no seu casamento com António Castro, o mais recente estreado há quinze dias. 

   Um duo de apresentadores encarregou-se da descrição dos nomes e datas em que os vestidos tinham estreado, e complementarmente, iam sendo reveladas curiosidades enciclopédicas sobre o real significado de alguns adereços usados pelas noivas, como o ramo das flores, costumes dos convidados no lançamento de arroz sobre os nubentes, superstições, a boda, bolo de noiva, e outras curiosidades adequadas. Elas, partiam no início da passadeira apenas acompanhas pelos meninos(as) das alianças, e voltavam de braço dado com o "noivo" postado no fim do trajeto. Pelo percurso paravam para as fotografias do ordem, e para receber uma rosa vermelha das mãos de autora da ideia e imprevista programadora, Daniela Vale, Educadora Social, natural de Lanheses.

   Tive conhecimento antecipado da intenção da Daniela em levar a cabo tal evento, sem o ter ligado ao programa geral da Feira. Estimulei a concretização da invulgar intenção de concretizar um evento bastante canseiroso e algo difícil, tendo porém constatado que o êxito que alcançou se deve (também) a um numeroso grupo de voluntários e ainda aos elementos do executivo da Junta de Freguesia. 

   A inclusão de eventos deste cariz em manifestações populares é uma boa ideia que merece ser apoiada e continuada. Se tais iniciativas tiverem raízes nos costumes e tradições locais, ainda melhor. E pessoas como a Daniela e o marido Raul, para mobilizar participantes e apoiantes, são sempre bem-vindas e para apoiar.

  Numa sequência fotográfica possível, quiçá não muito rigorosa e incompleta, ficam alguns dos momentos significativos da inédita ação, seguindo junto os parabéns do gerente do blogue a todos quantos contribuíram para o sucesso do "primeiro desfile de vestidos de noiva" ocorrido em Lanheses.

 Não vão mencionados os nomes dos figurantes. O destaque estava nos vestidos, não em quem os usava.

   
 (Nem todas as fotografias obtidas tinham a qualidade para serem divulgadas pelo que peço desculpa se por ventura alguma não consta como merecia e deveria).
  






















































                             O (verdadeiro) fotógrafo: A. Portela.

Fotos: doLethes 
Remígio Costa

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