sexta-feira, 22 de junho de 2018

BENS PÚBLICOS

   


  Não pretendo assumir as funções de zelador de espaços públicos nem tenho a pretensão de que os desmandos que neles vejo e aqui divulgo possam corrigir os comportamentos de quem os pratica. O respeito pelos bens coletivos e o direito à sua fruição por todos em igualdade de uso, é uma questão educacional e de consciência cívica que define o nível civilizacional do povo de uma nação. Pertencendo ao mesmo tempo a todos, ninguém se deve excluir do dever de os preservar e de zelar pela sua  continuada e útil utilização.

   O Parque Verde da veiga da margem direita do rio Lima em Lanheses é um espaço natural muito aprazível que proporciona excelentes condições para se estar sem poluição e ocupação (por ora) desafogada, salvo eventos esporádicos ou programados anualmente, como a festa do Milheiral. Aos poucos, tem vindo a ser dotado de condições básicas de utilização coletiva, e está normalmente bem cuidado ao nível do basto arvoredo e dos espaços relvados. 

   Há tempos atrás foram colocadas entre a margem e o passadiço perto do leito do rio mesas com quatro acentos em ripas de madeira tratada e apoios metálicos para bicicletas. Beneficiam da sombra densa dos velhos carvalhos e, nos tempos de maior temperatura, da frescura que vem da corrente. Muitas vezes estão ocupadas com pessoas a merendar, a ler,  a conversar ou simplesmente a ouvir o silêncio intermitente com o chilrear dos pássaros. Não raro, jovens em tempo de "feriados" de aulas ou "furos" no horário. 

   Acontece, porém, que nem todos os que ali passam ou param por algum tempo, assimilaram a tal consciência e dever cívico acima aludidos e manifestam a sua impreparação ou atraso na adaptação à sociedade em que (não) se integram; ocupam, usam e sujam, não limpam, e para alimentarem o ego ou a sanha do ódio contra os bens públicos, estragam e deterioram o espaço que é comum aos demais concidadãos. 

   Nas fotos inseridas, há dois bancos vandalizados com uma ripa arrancada em cada um, embalagens de plástico e de maços de cigarros e papéis, em volta; coisa não muito vulgar nos hábitos de grande parte dos animais irracionais sujar e não limpar os locais dos seus habitat.

Remígio Costa 



Fotos: doLethes


  

  

   

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