São às dezenas os sardões que constituíram habitat natural numa antiga parede formada por blocos graníticos sobrepostos, cobertas de musgo e silvas, onde aparecem fendas e buracos, construída há anos para travar o avanço do rio Lima no sítio das "moitas", e margina o caminho rural da veiga de Lanheses paralelamente à margem direita do rio e segue para Vila Mou. A aproximação da primavera e aumento gradual da temperatura que se tem verificado nos últimos dias, fez com que alguns exemplares da numerosa colónia do pequeno réptil que mora no local, despertassem da longa letargia que a época invernosa lhes impõe e se refastelem, mas bem despertos e vigilantes, sobre as pedras aquecidas pelo calor do sol que cobrem as tocas. Não são às dezenas como se verá lá mais para a altura do verão, quer no final do troço da Avenida ou junto ao passadiço de madeira (a deteriorar-se...) debruçado sobre o rio, mas aparecem alguns a "abastecerem-se" da energia natural revitalizadora de que carecem para aumentar a temperatura do sangue e sobreviverem.
Não são agressivos, são assustadiços, recolhem rapidamente para dentro pela pequena abertura do buraco quando alguém se aproxima demasiado ou passa por perto, têm tamanhos e pele diferentes e não causam quaisquer danos por força de dieta predadora selecionada de que se sustentam.
Remígio Costa
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