sábado, 15 de janeiro de 2011

FIM DO DESPORTO ESCOLAR NO ENSINO OFICIAL?

      DESPORTO ESCOLAR

          Notícias postas a circular esta semana dão conta de que o governo se propõe extinguir as actividades curriculares do desporto escolar nos estabelecimentos de ensino público.

          A ir para a frente a intenção daquela medida, que é fundamentada nos propósitos em curso para a redução do déficite público, as suas implicações vão ter uma enorme repercussão negativa nas escolas públicas onde há muitos anos está implantada, quer em relação aos alunos que dela beneficiam quer aos docentes que as ministram.

           Não cabe no âmbito deste blogue comentar sobre as implicações pedagógicas ou laborais resultantes da implantação de tão surpreendente alteração no sistema de ensino público. Contudo, este desinvestimento do Estado numa área que promove a saúde física e mental de juventude, estimula as actividades de organização e competitividade e fomenta o desporto nacional é uma retracção na evolução positiva do ensino público.

           Sem oferta disponível nos estabelecimentos públicos, rapidamente ela medrará  na área do interesse privado e, então, duas situações podem acontecer: a absorção apenas de quem tenha condições para suportar do seu bolso os custos da sua prática ou o abandono por parte da grande maioria da actividade desportiva regular e orientada.

           Não descortino em nenhuma das referidas situações resultados económicos substanciais que sustentem as razões invocadas. Por um lado, porque é de lei e tradição a comparticipação de dinheiros retirados do Orçamento do Estado (OE) para o ensino privado e, outrossim, através de subsídios estatais ou camarários os fundos virem a ser atribuídos a organizações empresariais ou individuais que, para o efeito, se venham a constituir.

           Outros aspectos a considerar no desmantelamento do desporto escolar público não menos atendíveis e relevantes, serão uma drástica redução na qualidade e número de praticantes, com reflexo futuro num agravamento da saúde pública que se traduzirá numa maior procura dos serviços de saúde públicos.

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