A TRANQUILIDADE QUE FALTOU A PAULO BENTO

            Para além de treinador de uma das equipas "grandes" do futebol português, Paulo Bento, era um simpático animador dos programas televisivos, pela peculiaridade da sua forma de se expressar, falando ao ritmo idêntico à produção de palavras de uma máquina de escrever manejada por mãos inexperientes, mas, acima de tudo pela originalidade do seu penteado "chapliniano" e do uso e abuso da palavra "tranquilidade", um verdadeiro filão para humoristaas e imitadores.
             Por todos aqueles aspectos originais que contribuiram para a construção de uma imagem "sui géneris", Paulo Bento foi, na academia onde permaneceu mais de quatro anos, um profissional de futebol de grande mérito, revelando forte determinação, coragem e bastante competência. Num clube com enorme problemas económicos e de liderança sempre em causa, de grandes pergaminhos,com muitos pensadores e escassos realizadores, tendo de enfrentar sòzinho a pressão de uma massa adepta que não entende limitações e só se apazigua com mesa farta e do melhor mesmo que o cartão de crédito já esteja exaurido até ao último "chavo", o ainda jovem técnico, no limite da sua resistência, acabou por caludicar e bateu com a porta.
             Para a história não vão ficar, porque a história futebolística só releva números não emoções, as palavras do actual presidente leonino em louvor do Paulo, enaltecendo os valores éticos e morais, por que se orienta na vida e dos quais não abre mão, seja em que circunstâncias for, lamentando Eduardo Bettencourt a desvalorização dos mesmos na sociedade actual.
              Durante algum tempo, Paulo Bento, à semelhança de outro conhecido sportinguista, vai "andar por aí". Bem merece ter um tempo para os seus, para os amigos e para si. Os que lhe reconhecem qualidades, mesmo que do outro lado do muro, só podem desejar.lhe, sinceramente, muita "AATRANQUILIDA".
              Até logo, Paulo Bento.