quinta-feira, 30 de agosto de 2018

RECUPERAÇÃO DE CAPELA ANTIGA EM VILA MOU

  
 

     Algo surpreendido mas agradado pelo convite que pessoalmente me foi oferecido, estive ontem quarta feira dia 29 de agosto na vizinha freguesia de Vila Mou, da União de freguesias partilhada com congénere da Torre, Viana do Castelo, com vista a participar no ato solene da benção eclesiástica de uma capela consagrada ao orago Santo Amaro, integrada numa propriedade particular com o nome de Quinta de S. Bento pertencente à família de Maria da Conceição Araújo Batista e Manuel Israel Batista Rebouço, a qual se dedica em exclusivo à atividade agrícola e à venda dos produtos cultivados pelos métodos tradicionais.

    A capelinha, anexa à linda residência própria recentemente restaurada, tem a fachada virada a poente, rente à rua estreita que termina um pouco abaixo quando principia a veiga que margina o Lima, cujo acesso é feito subindo alguns degraus de uma escada em pedra até ao nível do primeiro andar da casa, estava desativada e fortemente deteriorada desde o final dos anos sessenta, como sublinhou o responsável pela Paróquia ao evocar o tempo em que nela celebrou.


   A tramitação do processo de legalização da represtinação da funcionalidade do pequeno templo cristão que decorreu na Cúria Diocesana de Viana do Castelo, sancionada pelo Bispo D. Anacleto Oliveira, teve a agilização útil do pároco residente da paróquia de Santa Eulália de Lanheses, Daniel da Silva Rodrigues, além do assentimento, impositoriamente, do pároco da freguesa de Vila Mou, o historiador Manuel Fernandes Moreira.

  No ato da consagração pela água previamente benzida do espaço da Capela, do Crucifixo, do altar e das imagens de Santo Amaro, São Bento e N.ª S.ª de Fátima  a que presidiu o sacerdote Daniel Silva, estiveram presente todos os membros da família Batista Rebouço, nomeadamente os cinco filhos, quatro homens e uma mulher, os cônjuges e os netos bem como outros familiares próximos, e bem assim os convidados e residentes amigos. 

   O grupo coral da Paróquia de São Martinho de Vila Mou fez o acompanhamento musical dos atos litúrgicos.



    Decorreu, a seguir, a assinatura da ata referente à sessão ora concluída, aberta pelos componentes da família proprietária e subscrita seguidamente pelos presentes. À porta de entrada da Capela estava disponível um "Livro de Honra" para registo de comentários ou simples assinatura de presença, para memória futura.

  Tendo o espaço titularidade privada, deverão os proprietários cuidar da sua manutenção e abertura pública facultando o acesso ao templo de pessoas interessadas, mantendo-o aberto o maior tempo possível ou disponibilizando a chave através de zelador idóneo disponível no caso de o não poderem fazer por si próprios.

   Na feira quinzenal de Lanheses onde sempre se pode adquirir géneros hortículas de confiança produzidos na Quinta de S. Bento, onde a Monsanto multinacional não coloca nem jamais colocará (confio) uma milésima de veneno, o Israel, vendedor, levantando em cada mão uma sã e loira meloa, estende o fino bigode num sorriso, e desafia o cliente: 

    -"as meloas do Israel, sabem a mel!"

   E, não é que sabem!?

   Saí, despercebido, antes de principiar o convívio. Noblesse oblige. Ninguém terá dado conta e isso tranquiliza-me. Boa sorte, amigos. Quem é honesto e trabalha, merece o que possui.





















Fotos: doLethes
Remígio Costa

2 comentários:

  1. Obrigado pela suas palavras pois me tucarao . Os melhores comprimentos meus para vosse

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  2. Como sempre, o amigo: sr. Remígio, não podia falhar.
    Parabéns, amigo!
    Bjsss

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