sábado, 4 de novembro de 2017

A PRAGA DA VESPA VELUTINA QUE NINGUÉM ELIMINA.

             


A vespa velutina, vulgarmente conhecida como vespa asiática, invadiu clandestinamente e foi-se instalando progressivamente de norte para sul em zonas arborizadas e urbanas do nosso país, continuando a desenvolver os casulos e a proliferar nos enxames com milhares de exemplares, contornando com notável capacidade de resistência o incipiente plano e a sua execução prática em  ações levadas a cabo pelos organismos oficiais. 

        No que diz respeito à freguesia de Lanheses (Viana do Castelo), mesmo que o alarido causado pelo surgimento do bicho predador assassino da sua parente "abelha doméstica", benéfica e imprescindível à vida do planeta pelo desempenho essencial da polinização das plantas, tenha vindo a abrandar como se a situação estivesse a ser controlada e o perigo afastado. A realidade é bem diferente porquanto a praga continua forte e feia e longe de terminar.


       É sabido que alguns nichos de proliferação sendo detetados pelos proprietários dos terrenos durante a limpeza de silvados, debaixo de torrões, onde também os enxames se instalam ou nos ramos dos topos de árvores geralmente altas, os ninhos ficam mais à vista quando as folhas começam a cair, são destruídos a maçarico por brigadas de bombeiros alertadas por particulares para esse fim. Contudo, são em número preocupante, os ninhos que aparecem vazios por terem sido abandonados pelos enxames cumprido o ciclo da reprodução. E, no ano seguinte, haverá quintuplicação, pelo menos, de novas colónias. Para este panorama que mereceria ser preocupante e que não é apenas regional mas do país, se existe estratégia e programa para combater a "invasão da velutina terrorista alada e danosa" ou não está a ser cumprido ou é (absolutamente) ineficaz. Não quero crer que as tragédias em Portugal sejam fatalidades inevitáveis e a culpa daqueles a quem compete prevê-las e combatê-las acabe (sempre) solteira...com muitos pretendentes.


        O ninho de vespas asiáticas referentes ás fotografias aqui inseridas está situado num alto carvalho à direita da entrada do jardim da Casa do Paço (TH), dos Condes de Almada, bem notado do exterior. Um outro, vindo do ano passado e aparentemente abandonado, ainda está suspenso num galho de outra árvore perto do Pelourinho. Em conversas de circunstância à mesa do café ou em locais de concentração de compras, frequentemente são revelados locais onde existem ninhos em mais lugares e sítios da freguesia de Lanheses.

       À praga da vespa velutina que ninguém elimina, bem se adaptaria o famoso slogan da marca dos automóveis japoneses: a vespa veio para ficar. 
       Contudo, estas vespas intrusas e malquistas, nem com passaporte de quinhentos mil euros lhes deveria ser aberta a cancela da fronteira.




Fotos: doLethes
Remígio Costa

   

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