sexta-feira, 5 de setembro de 2025

RESTAURANTE TERESA, DO TAKE AWAY À MESA

 

               

                  O RESTAURANTE TERESA de Elisabete Gonçalves, está no Largo da Feira vai para um século! É o mais antigo que até hoje Lanheses conheceu no Largo Capitão Gaspar de Castro, o centro cívico da Freguesia. 

                  Há cem anos era uma tasquinha de aspeto rural onde a Tia Brísida, a proprietária da qual me recordo como uma avozinha que tão bem acolhia clientes e os tratava como netos que não tinha, a qual cozinhava à moda e costumes das  famílias daquele tempo. Não houve outro serviço igual no Largo durante os muitos anos em que a Tia Brísida o prestava, e depois passou aos pais da Elisabete, cuja filha é,com o marido, atualmente, a proprietária e cozinheira. 

                Foi com a mãe Teresa que o Restaurante já  ampliado e modernizado, obteve mais fregueses locais e de fora. Contudo, a fama da qualidade e variedade constante do cardápio das refeições a servir, ganhou de tal modo fama e prestígio que, nos dias em que na ementa constava o cabrito "à Serra d'Arga", o sarrabulho "à moda do Alto Minho", o famoso "cozido à portuguesa" constituído por produtos porcinos de qualidade caseira, e o muito solicitado "arroz de lampreia" pescada no rio Lima, granjeou tal fama que figuras conhecidas como António Sala, Quim Barreiros, Augusto Canário entre outros, passaram a ser clientes regulares nas ocasiões de passagens por Lanheses. Naquele tempo, nas horas da refeição, o Largo ficava pequeno para estacionamento das viaturas e autocarros que vinham de longe com fregueses para degustar o repasto na famosa Teresa.

                             (Também há "disto": polvo)

                                                    

                                                  ROJÕES À MINHOTA




               A srª Teresa foi a cozinheira do restaurante durante anos até à idade da reforma.Tinha um jeito atrativo invulgar de lidar com os clientes, onde abundavam palavras da gíria popular e troca de piadas, incitada pelas pessoas que dela achavam graça. Ainda faz parte da família, está numa casa de abrigo. A filha Elisabete Gonçalves, proprietária com o marido da casa e do restaurante, substituiu a mãe na preparação do menu, trabalho que vem exercendo com profissionalismo, simpatia e muita dedicação. O espaço interior e a fachada do prédio estão ampliados e renovados, mantendo-se o menu tradicional para consumo interno e take away, garantindo a continuidade de clientela suficiente para sustentar incólume o bom nome que o restaurante adquiriu.

             


 Remígio Costa 

setembro/05/2025



 

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