sexta-feira, 16 de novembro de 2018

RESISTE A PRAGA DA VESPA "ASIÁTICA"

    


    Popularmente apodada de "asiática", a invasora incómoda e altamente malévola vespa velutina está longe de ser derrotada nos propósitos de fazer do território português habitat natural. Desde há cerca de meia dúzia de anos clandestina em Portugal, com origem na China mas vinda ao que se pensa de Marselha num cargueiro, oriundo da Ásia, que transportava madeira, o implacável e feroz inseto predador das abelhas produtoras de mel ocupou, primeiro a parte norte do nosso país, principalmente no Minho, estendendo-se progressivamente até às províncias do sul, depois. Começaram por construir os vespeiros no cimo das árvores próximas dos espaços urbanos, para posteriormente aparecerem nas próprias habitações em chaminés e varandas, nos silvados e mesmo debaixo da terra. De acordo com estudos específicos do comportamento da espécie, a vespa velutina tem uma enorme capacidade de reprodução, podendo cada enxame multiplicar-se por ano entre duas a dez colónias, no limite.

    Mais do que o veneno que as suas ferroadas injetam no corpo humano, que em casos mais críticos pode provocar a morte da pessoa atingida, o maior e irreparável dano desta espécie predadora é, indiretamente, o efeito danoso que causa na natureza o massivo extermínio das abelhas produtoras do mel, de que são implacáveis e ferozes assassinas destruindo colmeias inteiras e, colateralmente, as principais e insuperáveis polinizadoras do planeta em que existimos.

   Lanheses conta já um elevado ror de casulos deste que pela primeira vez se deu conta da intrusa velutina; contudo, apenas uma parte pouco significativa deles é eliminada anualmente com recurso às brigadas especializados dos serviços camarários, sendo talvez mais os que escapam à destruição porque apenas são notados quando as folhas das árvores onde se encontram começam a ficar despidas de folhas. Na zona do largo da Feira, há pelo menos um com enxame deste ano (jardim da Casa do Paço) e outro, a sul da Escola Secundária (na foto) com indícios de ter sido construído anteriormente.



Foto: doLethes
Remígio Costa

   

Sem comentários:

Enviar um comentário

CABRITO "À TIA NINA"

                                     Em alguns textos publicados neste blogue tenho vindo a evocar a preparação da carne de cabrito em Lanhe...