ESTE TEXTO É UMA TRANSCRIÇÃO INTEGRAL, NÃO AUTORIZADA, DO BLOGUE solpaz em PAZ, DA AUTORIA DE FELIPE AQUINO, a que entendi dar divulgação no doLethes pela oportunidade do tema relacionado com o CARNAVAL, que aí vem.
Onde vem o Carnaval? Alguns, erroneamente dizem até que foi a Igreja Católica que o inventou; nada mais absurdo.
Vários
autores explicam o nome Carnaval, do latim “carne vale”, isto é, “adeus
carne” ou “despedida da carne”; o que significa que no Carnaval o
consumo de carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias
de jejum quaresmal. Outros estudiosos recorrem à expressão “carnem
levare”, suspender ou retirar a carne.
Alguns
etimologistas explicam as origens pagãs do Carnaval: entre os gregos e
romanos costumava-se fazer um cortejo com uma nave, dedicado ao deus
Dionísio ou Baco, o deus do vinho, festa que chamavam em latim de
“currus navalis” (nave carruagem), de donde teria vindo a forma
Carnavale. Não é fácil saber a real origem do nome.
Outras
festas semelhantes aconteciam na entrada do novo ano civil (mês de
janeiro) ou pela aproximação da primavera, na despedida do inverno. Eram
festas religiosas, dentro da concepção pagã e da mitologia. Por
exemplo, para exprimir o cancelamento das culpas passadas, encenava-se a
morte de um boneco que, depois de haver feito seu testamento era
queimado ou destruído. Em alguns lugares havia a confissão pública dos
vícios, o que muitas vezes se tornava algo teatral, como por exemplo, o
cômico Arlequim que, antes de ser entregue à morte confessava os seus
pecados e os dos outros.
Tudo
isso era feito com o uso de máscaras, fantasias, cortejos, peças de
teatro, etc. As religiões ditas “de mistérios” provenientes do Oriente e
muito difusas no Império Romano, concorreram para essas festividades
carnavalescas. Estas tomaram o nome de “pompas bacanais” ou “saturnais”
ou “lupercais”. Como essas festas perturbavam a ordem pública, o Senado
Romano, no séc. II a.C., resolveu combater os bacanais e seus adeptos,
acusados de graves ofensas contra a moralidade e contra o Estado.
Essas
festividades populares podiam acontecer no dia 25 de dezembro (dia em
que os pagãos celebravam Mitra (ou o Sol Invicto) ou o dia 1º de janeiro
(começo do novo ano), ou outras datas religiosas pagãs.
Quando
o Cristianismo surgiu encontrou esses costumes pagãos. Os missionários
procuraram então cristianizar esses costumes, como ensinava São Gregório
Magno, no sentido de substituir essas práticas supersticiosas e
mitológicas por outras cristãs (Natal, Epifania do Senhor ou a
Purificação de Maria, dita “Festa da Candelária”, em vez dos mitos
pagãos celebrados a 25 de dezembro, 6 de janeiro ou 2 de fevereiro). Por
fim essas festividades pagãs do Carnaval ficaram apenas nos três dias
que precedem a Quarta-feira de Cinzas.
A
Igreja procurou também incentivar os Retiros espirituais e a “Adoração
das Quarenta Horas” nos dias anteriores à Quarta-feira de cinzas. Hoje,
graças a Deus, temos em todo o nosso país Encontros e Aprofundamentos
religiosos.
Infelizmente
o Carnaval, sobretudo no Brasil, “descambou” para a dissolução dos
costumes; nos bailes e nas Escolas de Samba predominam o nudismo e toda
espécie de erotismo. Esquece-se que os Mandamentos são a via da
libertação e que o pecado é a escravidão da pessoa: “Não pecar contra a
castidade” e “Não desejar a mulher do próximo” (cf. Ex 20,2-17; Dt
5,6-21).
É
triste observar que o próprio Governo estimula esse desregramento com
uma ampla distribuição de “camisinhas”, para que os foliões pequem à
vontade sem perigo de contaminação. O Papa João Paulo II assim se
expressou sobre a camisinha: “Além de que o uso de preservativos não é
100% seguro, liberar o seu uso convida a um comportamento sexual
incompatível com a dignidade humana [...]. O uso da chamada camisinha
acaba estimulando, queiramos ou não, uma prática desenfreada do sexo
[...] O preservativo oferece uma falsa ideia de segurança e não preserva
o fundamental” (PR, nº 429/1998, p. 80).
Nesta
época vale recordar o que disse São Paulo: “Nem os impudicos, nem
idólatras, nem adúlteros, nem depravados, nem de costumes infames, nem
ladrões, nem cobiçosos, como também beberrões, difamadores ou
gananciosos terão por herança o Reino de Deus (l Cor 6,9; Rm 1, 24-27)”.
O Apóstolo condena também a prostituição (1 Cor 6,13s, 10,8; 2 Cor
12,21; Cl 3,5) e as paixões da carne tão vividas no Carnaval.
O
sexo foi feito para o matrimônio e o matrimônio foi elevado à sua
dignidade por Cristo (Mt 5,32). Jesus proclamou: “Bem-aventurados os
puros, porque eles verão a Deus”. Disse São Paulo: “A mulher não pode
dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não
pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (1 Cor 7,4). As
consequências do sexo vivido fora do casamento são terríveis: famílias
destruídas; pais e mães (jovens) solteiros; filhos muitas vezes
abandonados, ou em orfanatos, e hoje muitas crianças “órfãs de pais
vivos”, como disse João Paulo II.
Por
tudo isso o cristão deve aproveitar esses dias de folga para descansar,
rezar, estar com a família e se preparar para o início da Quaresma na
Quarta-feira de Cinzas. O cristão não precisa dessa alegria falsa das
festas carnavalescas; pois o prazer é satisfação do corpo, mas a
verdadeira alegria é a satisfação da alma, e esta é espiritual.
FELIPE AQUINO - Escritor católico. Prof. Doutor da Universidade de Lorena. Membro da Renovação Carismática Católica.
Caríssimo Sr. Remígio, estou em total desacordo com o que este senhor redigiu. Esta é uma visão medieval e completamente feudalista, para não afirmar, fundamentalista cristã, e uma concepção totalmente errónea daquilo que é a vida, adaptada e redigida com total parcialidade ao encontro do modo de pensar deste senhor!
ResponderEliminarO Carnaval enquanto importante festividade do calendário anual, continua a ser uma pedra no sapato da "Santa Madre Igreja"...
Para si caro amigo um abraço. Não acredito que pense como este Aquino, talvez descendente ou familiar do famoso Tomás.
Sérgio
Difamadores Portugueses da região Norte Geraz do Lima Viana do Castelo CT2IKT & CT2IKU = V1VFJ & F1VIP em Paris
EliminarA mesma maneira mesma região de operar dos dois Radioamadores Portugueses em Paris
POPULAÇÃO LANÇA CAÇA A DIFAMADOR Está lançada uma 'caça ao homem' em Vila Franca do Lima, no concelho de Viana do Castelo. O objectivo é descobrir os responsáveis pela distribuição de cartas anónimas com alusões difamatórias a diversas pessoas da freguesia. Os membros da Junta e os dirigentes do rancho folclórico local são os principais visados. "Por mais que toda a gente saiba que é tudo mentira e uma provocação sem sentido, os insultos acabam por deixar as pessoas muito mal psicologicamente", disse o presidente da Junta, Adolfo Azevedo, alertando que "as cartas estão a criar muitos atritos entre pessoas, sobretudo dentro das famílias". Revelou mesmo que "um homem ficou tão transtornado que durante vários dias não saiu de casa nem deixou os filhos ir à escola". Tendências sexuais, infidelidades conjugais e alegadas irregularidades na gestão de dinheiros públicos dominam o conteúdo das cartas anónimas, escritas em verso e distribuídas em noites de fins-de-semana aleatórias. O presidente da Junta garante que "já há muita gente no terreno a investigar" e espera obter "pistas concretas em breve, para poder apresentar queixa na GNR e no Ministério Público". Recentemente ocorreu uma situação similar em Vitorino das Donas, Ponte de Lima. Não deixe de nos seguir no Facebook
http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/po...
Amigo Sérgio Moreira
ResponderEliminarNão ouso concluir de forma tão convicta e definitiva como o Sérgio o faz, que a evocação aqui reproduzida sobre o Carnaval do escritor católico prof. doutor da Universidade de Lorena, seja "medieval e completamente feudalista" ou mesmo "fundamentalista cristã, e uma concepção totalmente errónea daquilo que é a vida".
Estou convicto que tem em mente o número incontável de personalidades e centros de estudo altamente acreditados e sumamente qualificadas, tanto em Portugal como no Mundo, dentro e fora da hierarquia católica, que ratificam a posição assumida pelo autor do trabalho aqui divulgado. É impensável que todos eles tenham ficado cristalizados na Idade Média...
Embora o nosso relacionamento seja ainda bastante precário por força do curto período de convivência comunitária que já fizemos até agora, conhece já o bastante da minha personalidade para saber que perfilho e pratico (na medida do que a minha condição humana o permite...), os princípios e determinações da Igreja Católica que professo, a qual, julgo não estar errado, não proíbe que os crentes se divirtam e sejam felizes, não perdendo de vista o princípio de que "a verdadeira alegria é a satisfação da alma, e esta é espiritual."
São Tomás de Aquino é ainda hoje, um pensador muito lido e apreciado.
Com toda a amizade e fraternidade, desejo-lhe, como a toda a sua família, um óptimo dia de Carnaval.
Remígio Costa.