quarta-feira, 1 de maio de 2024

"AS MAIAS ou OS MAIOS" E AS GIESTAS NO COMEÇO DE MAIO

          

         


         É um costume popular que ainda resiste à progressiva e inexorável extinção, sobretudo nos meios rurais onde as tradições se guardam e praticam nas sucessivas gerações. É o caso do 1º. de maio que antes de ser o Dia do Trabalhador foi, e ainda é, uma celebração com origem cristã baseada na chacina das crianças com menos de dois anos ordenada em Belém pelo Rei Herodes.

           Há (ainda) em Lanheses um número significativo de lares onde o costume da colocação de enfeites nas portas, janelas, sacadas, entradas, portões ou mesmo viaturas, de ramos de giestas ou coroas de flores se mantem, seja por crença ou costume. Numa rápida e incompleta visita feita hoje pela quase totalidade dos lugares da freguesia, é constatável que uma boa parte dos domicílios habitados repetem a prova de perdurar a permanência da tradição.

           Atente-se no texto que abaixo transcrevo retirado da wikipédia:

            "Que o mal não entre! As maias que abençoam o maduro mês de Maio"

"Em Vila Nova de Cerveira, organizam-se “As Maias” (de 28 de Abril a 1 de Maio). Não muito longe, em Ponte de Lima, são “Os Maios”. Em Tinalhas (Castelo Branco), a 1 de Maio sai à rua o “Maio Menino” e em Olhão, os maios. E há outros locais no país onde se organizam iniciativas mais ou menos semelhantes — é uma nova forma de fazer continuar uma tradição tão antiga e tão disseminada que é impossível determinar-lhe uma origem única: colocar ramos de giestas (maias) à porta de casa até à meia-noite do dia 30 de Abril para que o “maio”, “carrapato” ou “burro”, que é como quem diz, o mal, não entre."


               Vejam, e julguem, através das fotografias obtidas hoje nos lugares mais povoados da feguesia de Lanheses, Viana do Castelo:
































Remígio Costa 

Fotos e texto

terça-feira, 30 de abril de 2024

SANTO ANTÃO/SANTO ANTÃO ABADE

          

      


         A partir de amanhã dia 1 de maio restam dez dias para o inicio da festa em honra de Santo Antão ou Santo Antão Abade como até há anos também foi conhecido e popularmente invocado. A singela capelinha branca centenária do Lugar com o nome do patrono dos animais, Santo Antão, está preparada, no interior e no exterior, para acolher os seus fieis adoradores e quem, por curiosidade ou devoção tiver vontade de a ver e conhecer. Desde há alguns anos está implantado no lado norte um pavilhão amovível para apoio em  compensação de espaço que a Capela não tem.

         O rossio do morro onde está o Calvário em frente à Capela e as árvores frondosas está em excelentes condições para acolher pessoas, e animais que porventura (ainda) alguém pretenda sejam abençoados na Missa campal, bem como os palcos destinados aos atos lúdicos e musicais; do lado sul, ao cimo da calçada de acesso, está também preparado o local onde decorrerá o serviço de BAR, com especial referência ao saboroso cabrito à Tia Nina (Maria da Clara) e ao delicioso e afamado sarapatel.

         Em fotografias do espaço festivo se confirma a atratividade do souto onde decorre a popular festa em louvor de Santo Antão/Santo Antão Abade.

          










Remígio Costa

         

segunda-feira, 29 de abril de 2024

CARTAZ E PROGRAMA DA FESTA DO SENHOR DO CRUZEIRO E DAS NECESSIDADES APRESENTADOS EM CONCERTO

                   No dia 18 do próximo mês de maio, sábado, pelas 21,15h, no auditório do Centro Paroquial de Lanheses, Largo da Igreja, irá decorrer uma sessão de apresentação dos Cartaz e Programa da Festa em honra do Senhor do Cruzeiro e das Necessidades do corrente ano de 2024. Durante o decurso do ato haverá uma atuação da Banda Filarmónica da A.M de Vila Nova de Anha.
                A entrada no salão é gratuita mas aconselham-se os interessados de que será conveniente diligenciar no sentido de reservar antecipadamente lugar, através do e-mail abaixo mencionado:
                               

                                       festa.scn.lanheses@gmail.com

Remígio Costa 

                   Banda de Vila Nova da Anha (Viana do Castelo)
(Do facebook)

quinta-feira, 25 de abril de 2024

ESQUELETO DE REDODENDRO TEM FOLHAS SEM FLORES


                       O que resta do rododendro de que venho a dar anualmente notícias da sua progressiva degradação física, produziu ainda nesta primavera no extremo do único braço com vida um viçoso ramo de folhas verdes mas nenhuma flor; é provável que venha a brotar a breve prazo floração dado que se reconhecem indícios dessa possibilidade. 

                       O que foi um arbusto de proporções pouco comuns na espécie, este velhíssimo  rododendro está reduzido a um único braço esquelético na ponta do qual, surpreendentemente, vem apresentando a sua certificação de vida.

                      Até quando?

Remígio Costa

sábado, 20 de abril de 2024

A FESTA AO ORAGO SANTO ANTÃO ONDE OS ANIMAIS NÃO VÃO.

             Santo Antão, santo patrono dos animais, é venerado há muitos anos numa capelinha erguida no cimo de um pequeno morro sito no lugar a que deu nome com vista para todos os pontos cardiais. O lugar de Santo Antão fica a norte da freguesia de Lanheses a cerca de um quilómetros da Igreja paroquial, sendo servido pela Estrada da Corredoura que segue para São Pedro de Arcos. Neste pequeno outeiro há árvores de porte substancial e em volta da capela um alargado espaço plano onde se concentram as pessoas para assistirem aos atos religiosos e concertos festivos. O espaço é ladeado por duas ruas de acesso com  habitações antigas e recentes. Na estrada ficam os vendedores de doces e produtos variados tradicionais em eventos festivos. Tenho pelo Lugar de Santo Antão uma tendência afetiva de simpatia e mesmo carinho porque ali nasci à vista do Santo. Não sendo eu, felizmente, irracional, não deixo de me considerar seu protegido.

             A festa em honra do patrono dos animais domésticos está atualmente despida da sua essência genuína por carência total dos insubstituíveis protagonistas. Noutros tempos, o espaço continha mais gado bovino, caprino e equino, para além de outras espécies comuns às casas de lavoura da época, do que propriamente pessoas apesar de muitas provindas em grupos festivos de dentro e fora da freguesia. Hoje, restam os animais de estimação e outros de consumo familiar e, eventualmente, para venda na feira quinzenal da freguesia. 

             O dia da evocação do orago Santo Antão já foi "dia santo" celebrado quarenta dias depois da Páscoa, coincidindo com uma quinta-feira durante a qual as pessoas, noutras eras, não realizavam trabalhos pesados.  Por decisão da Igreja as celebrações passaram a ser cumpridas ao domingo e a quinta-feira é, normalmente, o começo da festa.

            O ato religioso mais relevante das festividades é o da Procissão, que decorre no domingo. Tem início na Igreja paroquial para terminar no espaço da capelinha onde decorre a "benção do animais", com um sermão adequado ao ato a cargo do ministro que preside à cerimónia, no caso o responsável pela paróquia, padre Daniel Rodrigues. Noutros tempos, a função era exercida por um eclesiástico consagrado contratado expressamente, o qual, num estilo e oratória empolgantes levava às lágrimas e à comoção os fieis racionais presentes.

            Falar na festa sem evocar o festival do tradicional sarapatel seria o mesmo que, não havendo benção por falta de animais, Santo Antão dispensasse a homenagem que lhe é devida, virasse as costas e recolhesse ao altar restaurado e alindado da capelinha branca. Mas não, o famoso pitéu  que vem do tempo da Tia Nina na confeção, continua a ser o ex-libris da romaria porque caprinos não escasseiam, por agora, e muito menos os apreciadores que se deliciam com os seus saborosos miúdos. Sou um deles, confesso.

            Vejam, aqui, o programa pormenorizado e o cartaz da festa.

            (Muito grato a quem teve a lembrança de enviar-mo)

Remígio Costa


          

             

             RC






terça-feira, 16 de abril de 2024

ROMARIA DE NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO, EM VILA MOU, VIANA DO CASTELO

 

                A Romaria de Nossa Senhora da Encarnação é uma antiga celebração católica que decorre na freguesia de Vila Mou, do concelho de Viana do Castelo, sendo atualmente uma das grande manifestações que ocorrem no Alto-Minho. À semelhança da maioria destas festividade minhotas, esta importante Romaria tem um princípio fervorosamente católico e um formato vincadamente lúdico, bairrista e lazer. 

                Tradicionalmente, a Romaria distingue-se pelo seu caráter bairrista e manifesto interesse que suscita aos emigrantes naturais de Vila Mou, à sua linda e grandiosa procissão e aos seus andores e figurantes, à qualidade das bandas de música que atuam no recinto, ao fogo de artifício e, muito especialmente, ao belíssimo e famoso Arco Festivo construído e erigido pelos vilamouenses no início da rua da Igreja. São, também, cada vez mais frequentados os concertos musicais a cargo de conjuntos de nome com estilos e músicas de cariz pop, executados em palcos amovíveis no espaço alargado do recinto, os quais atraem uma multidão de apreciadores de todas as idades.

               Para gáudio dos apreciadores está aberta uma tenda desafogada junto ao Arco Festivo onde, entre outros manjares, é servido o reclamado cabrito à moda do Minho, e bebidas comuns onde sobressai o "carrascão" verde-tinto servido em malgas apropriadas. Há, também, restaurantes com ementas variadas e bom atendimento.

              Os lanhesenses integram-se na Romaria de Nossa Senhora da Encarnação como se fosse na sua própria terra. Formam uma única comunidade, tal é a ligação sentimental, de amizade e de assíduo convívio e relações familiares entre si.

              Atente-se nos CARTAZ,  PROGRAMA em papel e vídeo aqui publicados onde poderão ser confirmados a relevância, qualidade e variedade de sugestões, e a capacidade, entrega e bairrismo dos nossos caros amigos da ridente e progressiva freguesia de Vila Mou e Torre.

             



              


sábado, 13 de abril de 2024

UMA VELHINHA QUE TEIMA EM CONTINUAR FEIRINHA

            

          


 

               Por isto e por mais aquilo

           Não tenho ido à feira,

           Mas, disse para comigo:

           Hoje vou queira ou não queira!

           

           Com o tempo de feição

           Voltei lá agora animado;

           Comigo levei a Canon

           P´ro retrato bem tirado.

 

           Um aqui outro acolá 

           foi registado o cenário;

          À feirinha agradará 

          Que seja publicitado.

 

          É pouco, é poucochinho 

          À dimensão da feirinha;

          Mas é grande no carinho 

          Que merece esta velhinha.

 

          Aqui no doLETHES fica 

          O que da feirinha colhi.

          Para mim é coisa rica 

          Que distribuo aqui. 

 






Texto e fotos:
Remígio Costa

          

          

          

         

          

           

          

          

"AS MAIAS ou OS MAIOS" E AS GIESTAS NO COMEÇO DE MAIO

                               É um costume popular que ainda resiste à progressiva e inexorável extinção, sobretudo nos meios rurais onde a...