A fanfarra na apresentação à entrada da Igreja paroquial
Em ambiente de festa e alegria, está a decorrer desde cerca das 8:30 desta manhã dia 5 de Abril, a visita pascal na freguesia de Lanheses, este ano a cargo de Monsenhor Caldas, vindo de Melgaço e repetente habitual na missão, que substitui o pároco residente padre Daniel da Silva Rodrigues, o qual, também responsável espiritual pela freguesia de Meixedo, alterna anualmente a sua presença entre as duas localidades vizinhas. Por mera coincidência, é nos anos ímpares que Lanheses recebe a comitiva pascal por um sacerdote que não é o titular da própria freguesia.
Cumprindo o itinerário que vem sendo seguido há muitos anos, o compasso pascal visita no domingo a parte mais a norte de Lanheses, para, na segunda feira percorrer a parte baixa, a sul. Ao contrário do que era a tradição, a visita deixou há anos de terminar no Lugar do Outeiro, passando a acontecer na Casa do Povo de Lanheses, de onde segue no final do dia de segunda feira em procissão de regresso à Igreja Paroquial.
O compasso constituído por Monsenhor Caldas, Mordomo Francisco Castro e outros componentes da comitiva.
É um facto facilmente constatável que a cada ano que passa diminui o número de famílias que abrem a porta à Cruz Pascal, tendo paradoxalmente aumentado o número de habitações, entretanto cada vez mais sumptuosas e apetrechadas. Há discutíveis e variadas versões sobre o abstencionismo ou desmotivação dos habitantes de Lanheses que pretendem justificar a negação de receberem a visita pascal nos respetivos domicílios. Não me parece, porém, ser o momento de crise pontual que o país vive (foi muito pior num passado não muito longínquo e, não obstante, dos mais humildes aos mais abastados, poucos se escusavam a abrir a porta ao Compasso). Há que procurar razões mais objetivas no grassar de um certo laxismo nos tempos que correm em relação ao cumprimento das obrigações dos cristãos católicos praticantes e, quiçá, aos exageros de gastos que os mais desafogados economicamente cometiam na recepção aos familiares e "amigos", elevando de tal modo a altura da fasquia que outros mais contidos nos gastos e menos exuberantes não querem, nem podem, imitar optando pela posição mais cómoda e económica.
Na estrada
Contudo, o ambiente é de festa e o estado do tempo ajuda. Restam os mais fervorosos e cumpridores para garantirem e preservarem a tradição de Lanheses e sempre haverá quem, no futuro, a assuma e mantenha.
Há foguetes no ar
Fotos: doLethes
Remígio Costa
pois é, e eu, em 30 anos, é a primeira vez que tive de ficar por cà, mas para o ano, se Deus quiser vou me vingar, vai ser 3 meses de Pascoa, e ainda por cima é o Batista o mordomo.
ResponderEliminarAbraço para todos os meus AMIGOS.
David Pereira
Um grande abraço para o autor do blog.
Caro David:
ResponderEliminarAgradeço o teu comentário desejando que superes o melhor possível essa vontade que sei que sentes de estar aqui. Terás com certeza muitas mais oportunidades para matar saudades da tua e nossa terra e viveres com os muitos AMIGOS que aqui tens agradáveis e felizes momentos.
Um forte abraço de muita amizade que é, obviamente, também para a tua mulher e restante família.
Remígio.