sábado, 11 de abril de 2015

APANHEI-TE, VIVAÇA!

           



                              Em criança, conheciamo-la por LAVANDISCA. Agustina Bessa Luís, no romance "A Sibila" (leiam, pois vale a pena), chama-lhe avoila. Na net, além da catalogação latina, a ave pode ser Labandeira, Lavadeira, Lavandisca, Lavandeira, Alveliço, Avoeira, Boieira e Pastorinha. Ela não se importa, não precisa de nome para frequentar a esplanada da pastelaria do Largo da Feira, e, em corridinhas ligeiras, nervosinhas, ciranda por entre cadeiras e mesas a limpar com o bico do chão o alimento que ali a leva.

          Este pormenor da vida de uma avezita simpática, elegante e inofensiva (bem pelo contrário) só por si não justifica uma referência aqui no doLethes.  Mas, se acrescentar que a avoila, etc & tal, se não estiver errado, é "cliente" assídua da pastelaria há alguns anos, o assunto tem já relevância e justifica divulgação. Eu, tal como o amigo Manuel Militão, em conversa recente havida no local, convergimos na mesma ideia de que a solitária, talvez viúva, mãe solteira, ou mesmo separada (porque se vê por ali sempre sozinha) é visita regular e "anda nesta vida" faz muito tempo.

          Agora, é a nossa coqueluche talismã. 



FOTOS: doLethes

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